14 de agosto de 2012

O infinito é chato.

Quem foi que acreditou
Que o mundo tem algum momento pra sempre?
Nem mesmo no amor
Eu pretendo o infinito.
Eu gosto da pausa e à ela é o meu ode
Às interrupções, belas, fluidas e conectadas com o porvir
O infinito é chato.
O movimento é o que significa a minha vida
Pelo próprio impulso oculto
Que contraria a lei da inércia
E pelo próprio amor à vida
Que contraria o sofrimento das perdas

Ando aprendendo que eu amo erros
Quando eles visam acertos
E ainda mais os acertos
Que ontem foram erros.

Eu vou seguir o mapa dos meus sonhos
Entre tropeços e arranhões
Assim eu vou enchendo a bagagem
Do meu coração.

13 de agosto de 2012

Vontade de viver o papel que a vida me deu.
Será que ela me deu mesmo, ou eu roubei?

Vontade de agir, de correr atrás.
Pegar essa oportunidade pela barra da saia e não desgrudar mais.

Nosso poente

Estão me dizendo
Os astros
Que todos somos só um
O ar do seu pulmão
Habita o aqui do meu ser

E eu quero me pôr em você
Eu quero mesmo é que você se ponha em mim

Que eu seja enfim a terra
E você o Sol

A linha do horizonte
A linha que contorna o seu corpo
A luz do sol
A luz do ser
A união
O horizonte:
Aquilo tênue
Luminoso

Eu queria me unir a você
Como o sol se une à terra
Em seu poente.

1 de agosto de 2012

Tenho grande dificuldade de dar título aos meus escritos.

É lindo
Queria que fosse infindo
Esse teu ser

Queria que fosse
Queria te ter

Que fosse mais
Pra, quem sabe, não ficar no cais
À beira do porto
Vendo os demais

Me dê mais
Me dê ais
Seu sais
Vem mais.
Tem dias que são densos
Sim, amor
Tem dias que são tensos

Mas tem dias que a gente quer cuidar
Tem dias
Que a poesia quer falar

Eu quero falar-te
Falar - que "te" é tão difícil.
Deve sair o mais belíssimo
Pra descrever o seu olhar

É como um vício
Lembra Platão
Me faz Camões

Tentarei dizer-te
Mas basta, de fato, amar-te
Ver-te
Ver teu sorriso
O seu estar
A sua formosura!
Queria saber fazer sonetos
De grandes tercetos
Pra te mostrar