Pensando no ser como país
E no outro como estrangeiro
O ser que visita o ser
No teu corpo terá penetrado?
Para ser, define-se o corpo
Ou também a alma não afirma aqui a nossa existência?
A visita que não é conhecida pelo visitado
Invasão então é
E assim clandestinos em corpos e não corpos somos nós?
E isso de ser, como é que se explica?
E quando não se sente fora de outro ser?
Tem gente mambembe -
Sem casa num lugar só
Esses têm casa em corpos
Invadem todos eles
E:
A língua desses tais territórios outros
Não seria prazeroso meio de se entranhar nesses corpos-habitats?
A língua
O meio
O código
De entrada
Um ser
de cá
E outro
de lá.
Ah, que viagem boa, essa
E que maravilha o esbarrar dos seres
Pelos espaços ocultos
Que circundam a matéria...
28 de setembro de 2011
27 de setembro de 2011
Amor
Você me cresce
Além de crescer em mim
E em mim agradece
Tendo gratidão, enfim,
Te destino o meu amor -
O meu pudor
Junto dele
As minhas sinceras desculpas
Por ter sentido dor
Obrigada, amor
Amor que me surgiu e me renova de tempos em tempos
Que em minha mão agarra e explica sem palavras
Que consola o meu não-entendimento
Por ser você a razão da minha dúvida
Obrigada por ser a lente
O auxílio mais permanente
Que padece em mim e é, sim, a dor que auxilia a sua própria causa.
A pureza que lava e tira do teu próprio rebento os resquícios impuros
Muito grata
E muito amante tua agora sou
Você é
Esplendor e brilho
E traduz em si o que há de melhor em mim
E assim cada vez mais amo
Com o amor pai
Ainda apaixonado
Mas acima de tudo
Admirado
Além de crescer em mim
E em mim agradece
Tendo gratidão, enfim,
Te destino o meu amor -
O meu pudor
Junto dele
As minhas sinceras desculpas
Por ter sentido dor
Obrigada, amor
Amor que me surgiu e me renova de tempos em tempos
Que em minha mão agarra e explica sem palavras
Que consola o meu não-entendimento
Por ser você a razão da minha dúvida
Obrigada por ser a lente
O auxílio mais permanente
Que padece em mim e é, sim, a dor que auxilia a sua própria causa.
A pureza que lava e tira do teu próprio rebento os resquícios impuros
Muito grata
E muito amante tua agora sou
Você é
Esplendor e brilho
E traduz em si o que há de melhor em mim
E assim cada vez mais amo
Com o amor pai
Ainda apaixonado
Mas acima de tudo
Admirado
25 de setembro de 2011
De. Vez. Em. Quando.
Às vezes eu paro
E penso
Em.
E penso
Em.
Fecho meus olhos
E para os céus lanço meus olhares
Em olhos fechados
Os olhares são lembranças
De.
São formas vindas de momentos
Que me deixaram a vontade
De.
Às vezes eu me permito sentir
Que.
Às vezes eu gosto do sentimento que
Não espera finalidade
Em.
E para os céus lanço meus olhares
Em olhos fechados
Os olhares são lembranças
De.
São formas vindas de momentos
Que me deixaram a vontade
De.
Às vezes eu me permito sentir
Que.
Às vezes eu gosto do sentimento que
Não espera finalidade
Em.
22 de setembro de 2011
Se deitou com a barriga pra cima.
Respirou fundo
E escolheu qual das ilusões ela agora iria viver.
Qual nostalgia escolher para tocar?
Que cheiro sentir para lembrar?
Vejo o passado que passou por mim
Se esfregou em minha cara e foi embora
Ou vejo o futuro que não me aguarda?
Qual dos espinhos vou tentar tirar do lugar
E de qual dos machucados vou arrancar a casca?
Qual é a fissura que passa por cima da razão e me faz levar a mente
Ao futuro que não me aguarda?
Ao passado que se esfregou e não mais.
Respirou fundo
E escolheu qual das ilusões ela agora iria viver.
Qual nostalgia escolher para tocar?
Que cheiro sentir para lembrar?
Vejo o passado que passou por mim
Se esfregou em minha cara e foi embora
Ou vejo o futuro que não me aguarda?
Qual dos espinhos vou tentar tirar do lugar
E de qual dos machucados vou arrancar a casca?
Qual é a fissura que passa por cima da razão e me faz levar a mente
Ao futuro que não me aguarda?
Ao passado que se esfregou e não mais.
?
O aqui dentro parece mais um amontoado de cenários
Um acervo de figurinos
Uma biblioteca antiga
Lugares escuros e barulhentos
Vãos
Roupas sujas de sangue
E outras com substância de prazer passado.
É por ali que ela passa.
Toda noite.
Quando os olhos fecha.
Na intenção de tê-los abertos.
Olhando para.
O aqui dentro parece mais um amontoado de cenários
Um acervo de figurinos
Uma biblioteca antiga
Lugares escuros e barulhentos
Vãos
Roupas sujas de sangue
E outras com substância de prazer passado.
É por ali que ela passa.
Toda noite.
Quando os olhos fecha.
Na intenção de tê-los abertos.
Olhando para.
O que as ilusões me trazem
Eu posso até não estar acompanhada
Mas a minha poesia nunca fica só
Se a vida me ganha num momento
Se ela me mostra uma realidade
Ou até uma inspiração
Em forma de gente
Embalo tudo no aqui e levo pra casa
Arranco do peito e ponho no papel
A energia que perpassa o lápis
Enquanto ele desvirgina o papel
Me consola -
O impossível dentro do impossível me serve de alimento
Escrevo, entãoE assim percebo: apenas começo
Não penso
Simplesmente sinto
E o lápis rabisca
É ele que decifra
O que não se pode dizer
Ele faz palavras
Do que o aqui dentro
Cala
E me cala.
Mas a minha poesia nunca fica só
Se a vida me ganha num momento
Se ela me mostra uma realidade
Ou até uma inspiração
Em forma de gente
Embalo tudo no aqui e levo pra casa
Arranco do peito e ponho no papel
A energia que perpassa o lápis
Enquanto ele desvirgina o papel
Me consola -
O impossível dentro do impossível me serve de alimento
Escrevo, entãoE assim percebo: apenas começo
Não penso
Simplesmente sinto
E o lápis rabisca
É ele que decifra
O que não se pode dizer
Ele faz palavras
Do que o aqui dentro
Cala
E me cala.
Brilha
Brilha
Que teu brilho me cintila
Que sua silhueta me situa
Que a tua mão me guia
Que o teu olhar me adentra
Que teu sorriso me ama
Brilha
Que mais parece uma estrela
O ser humano que aqui agora habita
(E que sempre aqui esteja).
Que teu brilho me cintila
Que sua silhueta me situa
Que a tua mão me guia
Que o teu olhar me adentra
Que teu sorriso me ama
Brilha
Que mais parece uma estrela
O ser humano que aqui agora habita
(E que sempre aqui esteja).
13 de setembro de 2011
Escrita inconclusiva de uma tarde cotitiana de terça-feira.
Estou com vontade de fazer um silêncio muito grande. Quando aqui dentro tem alimento suficiente para saciar a minha fome - que mais parece solidão, fico sem social alguma.
- Mas você gostou, não é, daquele show?
- Uhum.
- Você está chateada?
- Tranquila.
- Fica com essa cara estranha olhando pro lado...
- Não, tô quieta, só.
A verdade é que eu queria que o meu silêncio bastasse não só a mim mas ao mundo. Que nele todos os meus sentimentos pudessem ser transcritos de forma artística. Poética, nem tanto. Mas objetiva, seca e real.
Da realidade e da dignidade no meu sentimento sei eu. Mas colocá-los para fora com a verossimilhança que o silêncio guarda, não consigo. E acho que não hei de conseguir.
Por isso cada vez mais tenho medo de falar. Covardia em escrever e pouca questão de não deixar passar uma inspiração.
Tudo isso é muito proporcional à complexidade do que sinto. A minha inspiração, ao meu ver, nasce em um leito cheio de luz, prazer, imaginação... Mas antes mesmo de fazê-la fato...
Me estanco.
E paro.
[Nenhuma conclusão feita]
[Como no texto,
como em mim]
[Nenhuma conclusão feita]
[Como no texto,
como em mim]
5 de setembro de 2011
Vim para ser templo.
Me olhei por dentro diversas vezes quando o caminho parou em mim.
Ele que para de me percorrer, para que eu veja os seus obstáculos e respire calma na minha coragem.
Sempre foi um vento leve e com cheiro de alecrim que me beijou a face. Que me abraçou o corpo com quem sente a demora.
Não sei porque tantas vezes eu o esqueci... A gente se burla, não é? A gente se mata, se machuca, se multila, se esquece, se perde...
Concordo que Deus deve nos proteger de nós mesmos.
A verdade é que sempre soube o que me traz a felicidade. A calma, ela vestida de gente, coberta de humildade, cheiro acalentador... E o melhor: nenhum obstáculo.
Como nós somos crueis com nós mesmos. Esquecemos de praticar o que mais nos faz feliz, e o que ninguém pode impedir. Sob o ponto de vista de ideologia, ninguém pode conter o bem. Sua família nunca vai te impedir de ser bom. A humanidade pode até te afrontar com os fatos, com as guerras, com e com o ódio. Mas você nunca será condenado por praticar o bem. Nunca ninguém vai te impedir de dar abraços fraternos, de sorrir sem motivo concreto no nosso mundo, de espalhar energia boa e sair fazendo o bem que nem traquinagem.
Às vezes sou Amélie Poulain mesmo, vivendo só nos meus sonhos, e continuo sendo ela quando sinto vontade de fazer o bem a humanidade como um vício. E que nunca me vejam, simplesmente abram um sorriso.
Confesso que fico abismada com o bem que o bem faz em mim só de pensar nessas coisas, já que nada fiz na vida para concretizar esses pensamentos.
Ele que para de me percorrer, para que eu veja os seus obstáculos e respire calma na minha coragem.
Sempre foi um vento leve e com cheiro de alecrim que me beijou a face. Que me abraçou o corpo com quem sente a demora.
Não sei porque tantas vezes eu o esqueci... A gente se burla, não é? A gente se mata, se machuca, se multila, se esquece, se perde...
Concordo que Deus deve nos proteger de nós mesmos.
A verdade é que sempre soube o que me traz a felicidade. A calma, ela vestida de gente, coberta de humildade, cheiro acalentador... E o melhor: nenhum obstáculo.
Como nós somos crueis com nós mesmos. Esquecemos de praticar o que mais nos faz feliz, e o que ninguém pode impedir. Sob o ponto de vista de ideologia, ninguém pode conter o bem. Sua família nunca vai te impedir de ser bom. A humanidade pode até te afrontar com os fatos, com as guerras, com e com o ódio. Mas você nunca será condenado por praticar o bem. Nunca ninguém vai te impedir de dar abraços fraternos, de sorrir sem motivo concreto no nosso mundo, de espalhar energia boa e sair fazendo o bem que nem traquinagem.
Às vezes sou Amélie Poulain mesmo, vivendo só nos meus sonhos, e continuo sendo ela quando sinto vontade de fazer o bem a humanidade como um vício. E que nunca me vejam, simplesmente abram um sorriso.
Confesso que fico abismada com o bem que o bem faz em mim só de pensar nessas coisas, já que nada fiz na vida para concretizar esses pensamentos.
Imagina a reciclagem de sentimentos que a benfeitoria faz em uma pessoa?
Restaura tudo, oxigena, abre, benze, e enfim...
Viramos templos.
Eu quero virar um templo Dele.
Quero dizer a que vim ao mundo
E quem me acompanha
Restaura tudo, oxigena, abre, benze, e enfim...
Viramos templos.
Eu quero virar um templo Dele.
Quero dizer a que vim ao mundo
E quem me acompanha
Devo dizer a que vim e o que vim fazer
Quero limpar as mãos com a sujeira do mundo
Escrever no ceu que nos cobre
A frase mais bela:
"Iluminar tudo. Iluminar a todos".
Amém
Quero limpar as mãos com a sujeira do mundo
Escrever no ceu que nos cobre
A frase mais bela:
"Iluminar tudo. Iluminar a todos".
Amém
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