29 de agosto de 2013
A despedida
Só tem uma face:
pra quem fica, a despedida são cabelos jogados
pra quem vai, horizonte infinito
A despedida tem sua face
Amarelada
Rosada
Enfim
Avermelhada
A despedida
É como um dia que vai
E que vê
A cidade buzinar
Para o céu,
A despedida do dia são carros enfileirados
Para o ser,
A despedida é um céu
Amarelo
O devaneio
Sobre a despedida
É uma despedida de algo
Que ainda não foi
Mas quase
As coisas que
Quase
Se foram
São multicoloridas
Pinceladas
De delicadeza
Resignação
E
Brisa
Só tem uma face:
pra quem fica, a despedida são cabelos jogados
pra quem vai, horizonte infinito
A despedida tem sua face
Amarelada
Rosada
Enfim
Avermelhada
A despedida
É como um dia que vai
E que vê
A cidade buzinar
Para o céu,
A despedida do dia são carros enfileirados
Para o ser,
A despedida é um céu
Amarelo
O devaneio
Sobre a despedida
É uma despedida de algo
Que ainda não foi
Mas quase
As coisas que
Quase
Se foram
São multicoloridas
Pinceladas
De delicadeza
Resignação
E
Brisa
No dia em que te esqueci
Você saiu à francesa,
Na ponta dos pés
Não diferente de como chegou
(O perigo anda na ponta
Dos pés)
Eu perdi a hora
E percebi o perigo de te esquecer
Na hora mesma em que te esqueci:
O despertador tocou
Levantei
Me espreguicei
Tomei o meu café
Abasteci o carro e
Você
Já
Tinha
Me
E
s
c
o
r
r
i
d
o
Pelos dias
O seu
Esquecimento
Tem o sabor
Dos
Tédios
Crocantes
Das horas
Que te esperei
O esquecimento
Se parece com as folhas
secas
Que pisei
Nesta manhã:
Já foram úmidas
E coloridas
Vivas
E ativas
Hoje são
Somente
A sensação
Crocante
Do que já
Foi.
Na ponta dos pés
Não diferente de como chegou
(O perigo anda na ponta
Dos pés)
Eu perdi a hora
E percebi o perigo de te esquecer
Na hora mesma em que te esqueci:
O despertador tocou
Levantei
Me espreguicei
Tomei o meu café
Abasteci o carro e
Você
Já
Tinha
Me
E
s
c
o
r
r
i
d
o
Pelos dias
O seu
Esquecimento
Tem o sabor
Dos
Tédios
Crocantes
Das horas
Que te esperei
O esquecimento
Se parece com as folhas
secas
Que pisei
Nesta manhã:
Já foram úmidas
E coloridas
Vivas
E ativas
Hoje são
Somente
A sensação
Crocante
Do que já
Foi.
15 de agosto de 2013
O silêncio é a palavra do vento
Os nossos silêncios se encaram,
Baby,
Os nossos silêncios se respiram
Ouve, ao pé do ouvido
O suspiro dos nossos ares
Que se prendem
E se libertam
Ouve a
cadência
Precisa
Do que
não
diz
Seu silêncio
Me fuma
Os ares
E me expira
As palavras
Nossos silêncios
Se amam
E se olham
Se entendem e se conformam
Nossos silêncios
Acompanhados
São folhas
Que o vento
Escolhe
Como trazer
São livros guardados,
Papéis dobrados
Que um dia vão dizer
Mas nossos silêncios
Se tocam
Baby
Se tocam e
Se cantam
Em dó
Lá
E se.
14 de agosto de 2013
Ela amou
Como se não houvesse choro
Como se não houvesse se
Ela se permitiu
Como se não houvesse chão
Como se não precisasse fugir
Ela acreditou
Como se fosse,
Voltou
Olhou
E como se fosse luz
Clareou
Como se fosse escuridão
Descobriu
Se fosse como se,
Se como fosse,
Fosse,
Ela ainda assim amaria
Aquela foice
Que foi
Aquela maluquice
Estripulia
Chamada amor
8 de agosto de 2013
Trata-se de um eterno aprendizado sobre equilíbrio.
Vida: aprende-se.
Apreende-se.
Um constante avante
Diante do objetivo distante
Vida: avante!
Avançe,
que se abre,
que se explora.
A vida laceia
Com as dores
Vai laceando
Com os laços
E os amores
Vida: todas as contradições
em meio ao óbvio.
Sabe do nada
e do tudo.
Não saber de nada é,
quase sempre,
saber de tudo.
Tudo é nada.
Nada é tudo.
(NADA é tudo!)
Vida:
Eu
vi a
ida,
sem recaída,
exigir de mim
ela dizia
"avante, levante!"
E, sem outra saída,
Eu levantei
Sem escolha,
Eu sorri
Os joelhos
Ralados
Trata-se de um
eterno aprendizado
sobre o equilíbrio
a que podemos chamar:
corda bamba.
Apreende-se.
Um constante avante
Diante do objetivo distante
Vida: avante!
Avançe,
que se abre,
que se explora.
A vida laceia
Com as dores
Vai laceando
Com os laços
E os amores
Vida: todas as contradições
em meio ao óbvio.
Sabe do nada
e do tudo.
Não saber de nada é,
quase sempre,
saber de tudo.
Tudo é nada.
Nada é tudo.
(NADA é tudo!)
Vida:
Eu
vi a
ida,
sem recaída,
exigir de mim
ela dizia
"avante, levante!"
E, sem outra saída,
Eu levantei
Sem escolha,
Eu sorri
Os joelhos
Ralados
Trata-se de um
eterno aprendizado
sobre o equilíbrio
a que podemos chamar:
corda bamba.
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