26 de setembro de 2009

Ah, é um paradoxo...

Acho que fiz em março desse ano:


Tão segura de si, tão aflita dos outros
Tão cheia de amor, tanto vazio e dor
Tanta coisa escondida, tanta exposição inútil
Meus braços abrirei
Estandarte da vontade
Vontade de gritar
Vontade de não omitir
Vontade de ser e fazer
Pintar e bordar
Arrancar essa tela suja e planejada
Pré-fabricada...

Prisão Interior

Os meus mais profundos sentimentos eu não consigo explicar. Eles são maiores do que todas as ostentações, eles são intensos e pulsantes, gritantes, chorosos e imortais. Eles estão presos; mas de nada adianta. A sentença diminui e a fraqueza, que não deixa de ser fome de força, aumenta. A fúria é dobrada. Eles sonham com a paz e presenteiam-me com a raiva e com a pressa. Eles contam histórias do mundo lindo que eles anseiam, e em seguida me mostram a densidade das grades que lhe cercam. Elas são tão contraditórias... Tanto, que vejo na cela da frente outros sentimentos abrindo-as, saindo e vivendo a liberdade com tamanha facilidade. Esses sentimentos são meus; de fato, me pertencem... Porém, presa também estou? Que dor é maior? Ser a cela que prende seus criados, sentindo a dor em suas paredes físicas, sendo amplificador das suas vozes e ouvindo suas angustias ou vê-los sofrendo, ao sonhar com o dia da libertação plena e, nisso... Cadê? Tudo, menos a cadeira elétrica...

17 de setembro de 2009

O poetinha.





Parece que o Vinícius sabia mais de mim do que eu...
Ele, carioca, ele, poeta, ele, que amou até seu último segundo...
O dono dos melhores sonetos, ele, o rei da prosa e da poesia
Ele, boêmio, ele, intenso
Ele, confuso...
Ele, dos palcos e dos livros.
Ah, Vinícius...
Você continua vivo , pulsando em cada olhar
Pulsando em cada ser apaixonado
Em cada alma consolada

Obrigada, Poetinha !!!
Viver é estar de corpo e alma
Sem ousar complicação
O sol aproveitar
Num raio de luz se encontrar
E num domingo, ver o azul do mar
Com suco de maracujá
Nas tardes de chuva, deitar
Ouvir o barulho das gotas pequeninas
Caindo e purificando o nosso lar
Sentir o cheiro de terra molhada
E lembrar
Lembrar...
Viver é qualquer viver
Assim, meio largado
Viver uma aventura, uma aula, um passeio, um lanche, um grande amor, uma travessura, uma dança, uma companhia, uma música...
Viver permite sonhar
E o sonho imita a vida.

Por te amar demais

Por te amar demais, exilada serei de todo o meu amor
Por te amar demais, cedi ao teu doce amar
Depois, não quis expulsá-lo; expulsei-me
Por te amar demais, e talvez nem tanto
Abandono com todo o meu pranto; Perdendo um, e ganhando outro
Por te amar demais, eu espero
Eu espero o tempo passar, assisto calada
E rogo que ele não leve todos os grãos que você me deixou
Que ele não seja como o vento...
Por te amar demais, eu suporto, calada, a dor de falecer o coração
E viver a alma.

13 de setembro de 2009

Arquivos antigos

Achei nos arquivos do ano de 2007..


Intensidade em pessoa
Ansiedade e suspiro, grito e raiva
Beijo e amor, desejo; paixão
Sonho avoado, inesperado, incerto
Guerra e paz
Um ser que vive em confronto com si mesmo, com o seu "eu"
Com o que faz e com o que recebe
Uma pessoa que vive a vida intensamente, em câmera lenta...

Sobre amar

Amar não é estar no céu, mas sim ser o céu
Amar não é desequilibrar-se, mas sim transfomar-se no próprio desequilíbrio
Amar não é apaixonar-se, mas sim ser paixão
É ser ambulante em cada passo
Sobre amar, posso dizer que passa
Sobre amar, só sabe quem ama, e quem ama sabe: o ser humano que amado é, nos faz entrar em estado de amor.
O estado de amor tem efeito estimulante e depressor. É causado pelo amor, droga capaz de modificar funções fisiológicas e até de comportamento...
Feliz aquele que nunca provou tal substância
Rehab?

7 de setembro de 2009

Ela disse que voltava.

Minhas mãos trêmulas esperam você aparecer
Nesse cenário impróprio, que deixa de ser irreal para ser minha realidade
Eu sinto a dor da densidade do abstrato
Porque eu sou componente do ar insignificante
Eu estou presente nas árvores
No reflexo do sol
O som do piano toca cada corda vocal, cada batimento cardíaco...
Será apenas confusão? Será?
“Te achar de forma certa, ao meu favor, nem sempre é fácil.
Mas quando precisar de mim, coloque o piano para tocar.
Bárbara, estamos aqui. Consegue ver? Todos e cada um de mãos dadas.
Não seja cega, amiga.
Não se maltrate.
Reveja seus pensamentos. Purifique-s. Eleve-os.
O passado pelo qual você sente falta ainda existe. Em algum lugar do infinito, ele acontece, repetida vezes.
Psicológico é tudo aquilo que tem te deixado em desesperos. Essa substância que você sente correr pelo seu corpo, é parte fundamental da sua angústia. Esse amor que você sente não somente em seu coração, é parte fundamental da sua felicidade.
Mas seu medo, não tem raiz. Seu medo não tem base e ninguém tem o direito de concretizá-la. Eu te amo, Bárbara. Sei que você está bem, você pode estar melhor, até mesmo, que nós mesmos.
Só você ainda não viu.
As cortinas vão se abrir.”

Adelaide.



Acabou....
Nada mais.