20 de dezembro de 2009

Eu te amo

Eu sempre acreditei em você
Você sempre foi a minha última e definitiva esperança. Aquela que nunca morre.
Sempre foi intrínseco a tudo que o seu amor era a melhor opção, não somente o maior.
Mas, crescendo, o mundo se tornou mais amplo pra mim; não que isso seja bom.
O leque de informações também cresceu e eu já não sei mais quem é você.
Você, que me dá toda a felicidade que eu tenho, que é a culpada dos meus poucos momentos de realização, você que me prioriza, que me quer perto, que me paga viagens e que me apóia
Você, que me reprime, que me proíbe, que me ameaça, que me confunde, que me deixa imune a qualquer sentimento que não LHE caiba.
Você que quer que eu seja você, e que você seja eu. Você que quer me possuir.
E me possui.
Agora, no meu quarto, ouvindo os seus gritos e suas pisadas fortes por de trás da porta, eu lhe pergunto: Quem é você?
Você que era meu anjo certo, meu bem garantido e hoje confunde meus pensamentos, sonhos e perspectivas?
Que me deixa sem palavras na hora de dizer o quanto me faz mal, mas que me deixa cheia delas na hora de lembrar das inúmeras vezes que fez minhas vontades?
O seu mal é abstrato, o seu bem é concreto. Não há provas da razão da minha decepção, apenas o resultado delas em meu rosto e em meu coração.
Continuo me perguntando, enquanto você adormece furiosa:
Porque hoje o meu mundo é tão paradoxal? Porque escrevo tudo isso em uma madrugada fria, sozinha, com as nossas duas portas trancadas, sabendo que você não vai ler tão cedo?
Porque sua voz e atitudes, que antes pra mim eram exemplos, hoje assustam a mim e a maioria das pessoas ao nosso redor?
Tenho saudade de você, saudade da minha mamãe, mamãe que eu não conhecia, mas não precisava conhecer. Porque minhas amigas invejavam e eu não queria te esconder.

Eu te amo.

17 de dezembro de 2009

Besteiras minhas.

Acho que é a primeira vez que venho escrever por escrever... Sem querer poetizar ou colocar em forma de prosa toda a minha emocao...
Hoje eu to aqui pra falar. Sei la, simplesmente escrever, sem saber pra quem. Talvez pra mim mesmo.
Entrei de férias mesmo no sábado. Terca-feira eu tive a prova que me diria que eu passei de ano direto, a noite estreiei com "A Sapateira Prodigiosa", e na quarta apresentamos mais uma vez! Depois fomos para o Bendito Suco... Eu, e as outras sapateiras da peca. Bendito Suco é um restaurante natureba muito gostosinho que fica numa quadra ótima ali na Asa Norte. E eu adoro sair da rotina. Fazer novas amizades... Tenho feito! Se nao,tenho estreitado lacos... Amadurecido relacionamentos... É muito satisfatório. Falando nisso quero as fotos que tiramos. Hahaha. Voltamos pra casa, eu e Ju, e eu fiquei pensando na minha carreira. Quantas milhoes de dúvidas já afloraram o meu ser, quanta angústia... Me sinto mal por isso, mas me sinto muito melhor quando me lembro da esperanca e da alegria de viver no teatro que eu tinha ha uns anos atrás. Crescer, além de doer, lapida o nosso ser. Mas as vezes leva elementos que nao poderiam me faltar. Essa esperanca, por exemplo. Nesse pensameto noturno, eu senti, mais uma vez, esse amor tao grande pela vida e pelas oportunidades que ela me proporciona. A esperanca veio me visitar! Fui dormir tao feliz!
Enfim, na sexta eu aproveitei pra ficar de molho em casa, afinal, no sábado eu tinha prova do PAS. Progama de Avaliacao Seriada. Pra quem nao sabe, aqui em Brasíia a gente faz 3 etapas dessa prova: uma no primeiro ano, outra no segundo e a última no terceiro. Dependendo a pontuacao que eu tiver no final das 3 etapas, eu nao preciso fazer vestibular e vou direto para a universidade pública. No caso, qualquer uma do Rio de Janeiro, aonde pretendo estudar. No meio da prova, no Sábado, eu comecei a pensar na faculdade que eu ia fazer. Se realmente valia a pena eu me esforcar naquele momento... Aguentar aquele bando de fiscal me olhando, minhas coisas num saquinho preto, um silencio do caralho... Jornalismo? Mesmo depois dessa desvalorizacao? Será que teve mesmo a desvalorizacao? Publicidade e Propaganda? Mas meu irmao tá fazendo e nao ta gostando tanto... Relacoes Internacionais? Nao, dai nao teria como levar a vida de atriz, eu viajaria muito... Letras? Mas letras nao seria algo muito inseguro? Se for pra fazer alguma coisa que me de inseguranca faco logo Artes Cenicas que me agrada mais que todas as opcoes! Fiquei confusa, fiquei nervosa... Fui ao banheiro, lavei o rosto... Fiz a prova. Quando sai,nao queria saber se tinha ido bem... TAVA DE FEEEEEEEEERIAS!!!!!
A noite é claro que a gente saiu pra comemorar. E foi tao bom, de novo. Eu ADORO confraternizar... Por mim, cada respiracao merece uma saida, um brinde... Hahahaha.
Na segunda a gente foi pra casa da Jú. Eu e o Rodrigo. Mais uma vez, uma tarde de relevaçoes. hahahahaha. Mas, alem de tudo, uma tarde de ARTE, uma tarde regada a muito teatro e a muita musica BOA!!! Eu amo esses dois. Depois a gente foi conferir o filme do Almodovar que tá em cartaz. "Abracos Partidos", com a Penélope Cruz. Foda! Ele é FODA! Foi essa a minha conclusao. Ontem eu tava leve, que nem hoje. Acordei tarde, comi minha saladinha (to de dieta, mas amo salada sempre), tomei meu banho e coloquei meu vestido leve... Fomos eu e Natália andar no Parque Vivencial aqui perto. Delícia de calor, solucionado com 3 garrafas de água! Toda hora! Resolvi passar na casa da Yumi... Outra coisa que tem batido a minha porta é saudade. Estava com tanta saudade dela. Além de estar com saudade da Izabella, da Júlia, da Ana Clara, da Elisa, da Julia... Entao... Se ela estava ali tao perto, lá vamos nós!
Sentar na varadinha de frente pra piscina do jeito que eu tava era tudo que eu mais queria... Conversa vai, conversa vem... Vamos lá pra casa?
Ficamos de bobeira, fizemos brigadeiro... Yumi foi embora e Juliana chegou! E toma-lhe Almodóvar!!! Dessa vez, Carne Tremula. Eu preciso falar a minha conclusao??
E S T U P I E N D O! hahahahahah...
Lindo, lindo. Depois de DRs, de choros, de MAIS BRIGADEIRO, CAMA!
E hoje to aqui, ouvindo John Mayer, Jack Johnson, Emmerson Nogueira, 311 (O QUE É 311??? EU TO APAIXONADA), até um sertanejo bom, numa PAZ, numa SERENIDADE ESPERANCOSA, numa EXPETICATIVA BOA, tao satisfatoria... Que nem preciso saber se vou sair, como vou estar daqui a alguns minutos
Minha frase para essas férias tem sido:
Hoje eu só quero que o dia termine bem!!!!!

"E vamo que vamo... Que dá!"


Beijos e parabéns pra quem teve paciencia de ler toda essa lorota que fala tudo e nao diz nada!

24 de novembro de 2009

"Uso e recomendo!"




Stela conquistou prêmios literários importantes como João-de-Barro, o Bienal Nestlé/categoria infanto-juvenil, o Jabuti e o Altamente Recomendável Para Jovens da FNLIJ. Stela já publicou 25 livros, dentre eles: O último dia de brincar, Alegria pura, Sem medo de amar, O espelho da alma, Pétala de fúria no vento da rosa, Amor é fogo e O seco e o amoroso."

Li o livro "Esses livros dentro da gente" no ano passado, em menos de uma hora. Ele é, de fato, um livro pequeno, de 58 páginas muito gostosas de ler. Está presente na minha cabeceira todos os dias, e serve como uma bíblia para mim. Tão simples e tão profundo!

O livro é destinado para todo e qualquer jovem escritor, não restringindo-se apenas ao público infanto-juvenil.

Uso muito e recomendo à todos que querem aprimorar a sua escrita a partir do desenvolvimento interior!

Um trecho:

"Tem que tomar chá com Cecília e Clarice.
De preferência, numa tarde de sábado. Por modo de que na viagem do coração o sonho é sempre selvagem.
Mas assunte: é preciso convidar também
Machado de Assis, Carlos Drummond, Manuel Bandeira, Guimarães Rosa,
Henriqueta Lisboa, Fernando Pessoa, Érico Veríssimo, João Cabral, Shakespeare,
Cervantes e Vínicius, porque hoje é sábado."


E mais: www.stellamarisrezende.com.br

TWITTER: /stellamr

Caminho Trilhado

Entre tantos pensamentos truncados
Entre tantos esbarrões no corredor da minha alma
Entre os obstáculos e pedras do caminho ao meu jardim
Há uma rosa vermelha que persiste em viver
Ela vive, florindo e intensificando tudo ao seu redor
Ouço a voz do seu cantar, que me chama
E é o meu desejo de manter-me ouvinte que me faz continuar
Ele é imensurável e indefinível, na língua dos homens e dos anjos
Quero sentir seu cheiro como se ele fosse o oxigênio dos meus pulmões
Quero sentir a rosa vermelha como parte de mim
Para calar meu pranto e derramar meu desejo
Parece-me, rosa, que você é o alvo principal do meu caminho perdido
Que você é o ponto de chegada depois da Caminhada dolorosa
Meu caminho trilha até você
Ele percorre tuas raízes, provando a sua beleza mais pura
E, no seu caule, morre feliz
Morre de amar
Morre de querer esse momento em que eu e você somos como a Luz
Uma Luz pequena e brilhante, guardando um grande amor, em direção ao céu.

15 de novembro de 2009

Aurora da minha vida.

Meu pranto, hoje, se dá pelo passado.
Um passado bem vivido, um passado nem tão distante...
Meu pranto se dá pela vontade de me tornar a ser inocente.
Pela minha vontade de ver o mundo com olhos de luar, mais uma vez.
Gostaria de ter aquela vontade de viver sem sofrer.
Vontade de viver, vivendo.
Tenho saudade das músicas, dos momentos em frente ao computador
Tenho saudade de hábitos, de pequenos e meros gestos de carinho
De tardes felizes com amigos que “se foram” de mim... – na verdade não sei bem se eles se foram de mim, ou se eu me fui de mim, e, dessa forma, também me fui deles.
Lembro-me muito bem, com um largo sorriso no rosto e um grande aperto no peito, dos dias na fazenda...
Dos feriados e finais de semana na casa aonde as noites de truco eram longas, aonde, nos quartos, eu me juntava com minhas amigas para contar histórias de terror... Para ouvir funk, Pussycatdolls,Bob Marley e todas as músicas que se passavam na rádio na época. Nesses quartos... Nesses quartos já aconteceu tanta coisa! Melhor ainda é saber que “tanta coisa” não se passa de momentos que marcaram sem querer marcar... Que marcaram sem eu pensar que iriam marcar.
Camas quebradas, briguinhas passageiras, confissões, risadas, muitas risadas...
Saudade de deitar na rede e pedir para a amiga empurrar... De me fechar lá dentro e pedir pra alguém rodar.
Saudade dos filmes em dia de chuva... Também dos banhos de sol na piscina com vista pro pomar.
Saudade de lavar a piscina e fazer coisas que ninguém sabe, só a gente.
Saudade das noites em que eu ouvia meu irmão e seus amigos. Eu queria muito fazer parte daquilo tudo. Encantavam-me as músicas desconhecidas, as músicas sem rótulo... Ali eu podia gostar do sertanejo brega. Do rock’n’roll pesado.
Fazia-me um bem danado sair do meu mundo...
Meu mundo que na época também era uma delícia.
Tão gostoso, que não me lembro de um momento de tristeza... Lembro, somente, das manhãs felizes, mesmo em estar no colégio. Das manhãs em que nós íamos lá pro fundo da sala, colocávamos o mp3 no ouvido e falávamos sobre sexo.
Era o nosso assunto preferido... Talvez por não sabermos nada dele.
Eu queria colocar meus piercings de novo. Prometi e o fiz em uma tarde qualquer.
Não queria menstruar e reclamava até quando falavam que tava perto. Num dia mais inesperado, veio.
Que saudade da manhã seguinte, aonde eu chorava pras minhas amigas, que riam da minha cara: “Virou mocinha, virou mocinha”...
Que saudade da minha inocente vingança: “Yumi, você também vai menstruar. E vai ser hoje!”
Não é que foi?
Que saudade de ser expulsa de sala por escrever um bilhete: “Pri, não acredito! Hoje vou ter minha primeira consulta com o ginecologista!”
Eu tenho saudade da minha primeira aula de português do ano de dois mil e seis. Da professora chata, mal encarada que nos fez ouvir O Rappa e interpretá-lo... Dessa, que se fez tão importante e amada nos meus dias atuais.
Por ela eu fazia tudo, eu me empolgava, ficava tremendo, ficava vermelha. Dava o chute de que ela se relacionava com o professor de história e me sentia ao ouvir qualquer confirmação.
Que saudade.

Que saudade de ser a “Babi_Zuda” amiga da “Mica_Zuda”... Que saudade de nós duas. Que saudade da coleção de pulseiras.
Dos cadernos de perguntas, cheios de adesivos... Aonde escrevíamos tudo que nos agitava: As músicas preferidas, os atores preferidos (José Mayer e Christiane Torloni estavam sempre em primeiros lugares), as novelas preferidas...
Saudade de uma certa mineira que veio cair em Brasília, uma certa mineira que eu fiz questão de ser amiga, e assim fui.
Saudade das noites que gastávamos em festinhas debaixo de blocos. Afinal só nessas podíamos ir.
Acabava às 24h. E daí? Nós íamos uma pra casa da outra, entravamos no computador, ouvíamos músicas, comíamos sucrilhos com leite quente, líamos nossas agendas e deixávamos recadinhos.
Falávamos mal uma da outra comendo balinha... (É bom saber que só você entende essa parte quando a lê.)
Nesse meio tempo em que tudo acontecia e desacontecia, eu estava no teatro. Tinha acabado de entrar e me orgulhava de ter essa oportunidade.
Nele eu conheci a maioria das pessoas que hoje fazem parte da minha vida de uma forma intensa.
Que saudade do “primeiro encontro”, da primeira improvisação, da primeira diretora, do primeiro esporro... Da aproximação do trio que na época era fatal: Alice, Bárbara e Juliana. Três meninas inocentes que gostavam de se sentir atrizes, mesmo atuando há pouco.
Três meninas tão cheias de vida, sem precisar dar nem vender a ninguém. Que saudade da primeira peça. Da insistência.
Que saudade do CCBB e do Cauã Reymond barbudo. Saudade desse dia, em que sentamos num banco de mármore e prometemos uma a outra que lutaríamos juntas! Sempre juntas, sem abandono nem traição. Sem desistir ou hesitar! Saudade da empolgação em subir no palco. Em conseguir entrar no camarim.
Em conversar com o Cauã achando ele o cara mais foda de todo mundo!
Saudade da inocência que, sem sabermos, tinha prazo de validade.
Saudade de não concordar com os mais velhos ao ouvir “Quando você crescer vai entender”, “É porque você é muito nova”...
Saudade de nem pensar em relacionamentos amorosos. De ter apenas uma curiosidade e depois esnobá-la. “Pra quê? Tenho tantos amigos. Tenho a minha mãe também. Ela é minha melhor amiga!”
Saudade de assistir “Vídeo Show”, “Vale a pena ver de novo” e “Malhação” todas as tardes.
Saudades de assistir “A viagem” e ver a minha filosofia de vida desabrochar. De chorar ao ver espiritualidade. De chorar ao ouvir “Crazy” na voz do Julio Iglesias.
Do dia em que cliquei em uma comunidade “Torloni 4ever” e descobrir que não era apenas comunidade, e sim uma casa de muitas pessoas. De certas pessoas que tinham algo em comum comigo: Elas viviam o que eu gostaria de viver no meu futuro. Elas viviam o que eu ia viver. E iam me esperar para que eu pudesse viver junto delas.
Saudade da noite em que uma garota de Miami me adicionou no MSN pra me apresentar pra “Geral” e falar sobre Christiane Torloni, a tal protagonista da novela que eu via reprisar todas as tardes. Pra mim parecia estranho, mas ta... Tinha me instigado aquele mundo. Tinha me despertado curiosidade e vontade de participar. Ver a menina negra de trancinhas no cabelo me despertou amor. Amor sem explicação. E eu não estava interessada em saber de onde vinha. Eu simplesmente gostava, eu simplesmente admirava. “Quem diria que viver daria nisso?” É o que eu digo hoje. E por isso, tenho saudade.
Saudade do medo de digitar besteira, das observações escondidas para me comportar igualmente.
Saudade da curiosidade pela música popular brasileira, pelos infinitos cliques em tudo que tinha a ver com Chico Buarque, samba e Rio de Janeiro.
Saudade de ouvir toda a trilha sonora de “Páginas da vida” e descobrir em Manoel Carlos como meu autor de telenovelas preferido.
Saudade desse mundo que se resumia em tanta coisa. Saudade de mim, saudade da menina dos cabelos compridos e cacheados, quase louros.
Saudade dos dentes ainda não consertados, da sobrancelha ainda não feita, das unhas pintadas de rosa - claro. Saudade das saias compridas e hippies, dos dreads no cabelo, dos anéis de coco e em seguida as unhas pintadas de roxo, de preto.
Saudade da não necessidade de usar sutiã, saudade até de ir na Sub17 da Macadâmia, da Fashion, da Platz, de calça da “gang”. Ah eu nem sabia desses estereótipos que hoje eu faço e critico.
Eu tenho saudade de tardes na 105, bloco “A”.
Do parquinho, dos apartamentos limpos e cheirosos das amigas queridas.
Saudade da vontade de conhecer novas pessoas. De me empolgar e colocar tudo no meu fotolog. Do meu jeito.
Saudade.
Saudade da Izabella, da Júlia, da Letícia, Renata, Ighor, Yumi, Priscylla, Daniela, Patrícia, Amanda, Andréa, Eduardo, Luis Felipe, Melissa, Lucas, Leonardo, Luciene, Rodrigo, Neila, Verônica, Karina, Cecy, Lorenna, Geovanna...

Vontade de não saber agregar minhas idéias, de digitar tudo errado, achar bonito e postar em todo lugar.
Eu tenho saudade de não sentir dor, de não chorar toda semana...
Saudade de não amar intensamente, saudade de não esconder, saudade de não conter, de não ofender, de ser perdoada, de não me apaixonar, de não ouvir música pelo que ela vai me lembrar e sim pelo que vai me despertar.
Saudade, sentimento tão presente na minha vida.
Saudade da saudade que não era de você, que não era do Rio de Janeiro, que não era de nada! Era saudade de vontade.
Vontade de estar aqui...
Boba da pequena Bárbara!




"Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d’amor!
Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d’estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minhã irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
— Pés descalços, braços nus
— Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
— Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!"

9 de novembro de 2009

Rio que te quero, Rio.

É bom andar ao som do mar
Sentir os grãos de areia esfoliando os pés
Sentir-se melhor, sentir-se livre
Sentir-se, simplesmente.
Não soluciona
Não modifica
Mas consola, purifica
Traz a pulsação necessária
Traz a força
Ver a paisagem que Deus nos deu e faz parte
Ver gente
Sorrir, cantar, abrir o braço e sentir a maresia
Ver o sol beijar o mar como todas as canções
De preferência no Arpoador
Sair de lá e tomar banho fresco
Roupa fresca no Rio
Pegando ônibus pra Lapa
Depois, pro Baixo
Amanhecer junto do sol
Trabalhar na esperança
Trabalhar em casa, trabalhar atuando
Vivendo o teatro da vida
O teatro que vive no palco do amor.

26 de outubro de 2009

Bachianas

Ela estava em uma das poltronas
Sozinha, esperando o espetáculo começar
Porém, o espetáculo nunca começou
Mas a música tocou
Uma leve e breve essência se fez grande
Se fez eterna
Como sua respiração ofegante, o ar preenchia cada brecha, cada oco
O mar da arte inundou seu coração
E a sinfonia chega a parar e - junta do seu coração, levar.
Levar a felicidade breve da ilusão
De pensar que tudo o que ocorreu
Não ocorreu
Corroendo seu coração


Inspirado na Bachiana número 05 de Heitor Villa Lobos

13 de outubro de 2009

Eu sei...

Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida


E enquanto isso....

Esquadros

Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm
Para quê?
As crianças correm
Para onde?
Transito entre dois lados
De um lado
Eu gosto de opostos
Exponho o meu modo
Me mostro
Eu canto para quem?

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle...

Eu ando pelo mundo
E meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado...

26 de setembro de 2009

Ah, é um paradoxo...

Acho que fiz em março desse ano:


Tão segura de si, tão aflita dos outros
Tão cheia de amor, tanto vazio e dor
Tanta coisa escondida, tanta exposição inútil
Meus braços abrirei
Estandarte da vontade
Vontade de gritar
Vontade de não omitir
Vontade de ser e fazer
Pintar e bordar
Arrancar essa tela suja e planejada
Pré-fabricada...

Prisão Interior

Os meus mais profundos sentimentos eu não consigo explicar. Eles são maiores do que todas as ostentações, eles são intensos e pulsantes, gritantes, chorosos e imortais. Eles estão presos; mas de nada adianta. A sentença diminui e a fraqueza, que não deixa de ser fome de força, aumenta. A fúria é dobrada. Eles sonham com a paz e presenteiam-me com a raiva e com a pressa. Eles contam histórias do mundo lindo que eles anseiam, e em seguida me mostram a densidade das grades que lhe cercam. Elas são tão contraditórias... Tanto, que vejo na cela da frente outros sentimentos abrindo-as, saindo e vivendo a liberdade com tamanha facilidade. Esses sentimentos são meus; de fato, me pertencem... Porém, presa também estou? Que dor é maior? Ser a cela que prende seus criados, sentindo a dor em suas paredes físicas, sendo amplificador das suas vozes e ouvindo suas angustias ou vê-los sofrendo, ao sonhar com o dia da libertação plena e, nisso... Cadê? Tudo, menos a cadeira elétrica...

17 de setembro de 2009

O poetinha.





Parece que o Vinícius sabia mais de mim do que eu...
Ele, carioca, ele, poeta, ele, que amou até seu último segundo...
O dono dos melhores sonetos, ele, o rei da prosa e da poesia
Ele, boêmio, ele, intenso
Ele, confuso...
Ele, dos palcos e dos livros.
Ah, Vinícius...
Você continua vivo , pulsando em cada olhar
Pulsando em cada ser apaixonado
Em cada alma consolada

Obrigada, Poetinha !!!
Viver é estar de corpo e alma
Sem ousar complicação
O sol aproveitar
Num raio de luz se encontrar
E num domingo, ver o azul do mar
Com suco de maracujá
Nas tardes de chuva, deitar
Ouvir o barulho das gotas pequeninas
Caindo e purificando o nosso lar
Sentir o cheiro de terra molhada
E lembrar
Lembrar...
Viver é qualquer viver
Assim, meio largado
Viver uma aventura, uma aula, um passeio, um lanche, um grande amor, uma travessura, uma dança, uma companhia, uma música...
Viver permite sonhar
E o sonho imita a vida.

Por te amar demais

Por te amar demais, exilada serei de todo o meu amor
Por te amar demais, cedi ao teu doce amar
Depois, não quis expulsá-lo; expulsei-me
Por te amar demais, e talvez nem tanto
Abandono com todo o meu pranto; Perdendo um, e ganhando outro
Por te amar demais, eu espero
Eu espero o tempo passar, assisto calada
E rogo que ele não leve todos os grãos que você me deixou
Que ele não seja como o vento...
Por te amar demais, eu suporto, calada, a dor de falecer o coração
E viver a alma.

13 de setembro de 2009

Arquivos antigos

Achei nos arquivos do ano de 2007..


Intensidade em pessoa
Ansiedade e suspiro, grito e raiva
Beijo e amor, desejo; paixão
Sonho avoado, inesperado, incerto
Guerra e paz
Um ser que vive em confronto com si mesmo, com o seu "eu"
Com o que faz e com o que recebe
Uma pessoa que vive a vida intensamente, em câmera lenta...

Sobre amar

Amar não é estar no céu, mas sim ser o céu
Amar não é desequilibrar-se, mas sim transfomar-se no próprio desequilíbrio
Amar não é apaixonar-se, mas sim ser paixão
É ser ambulante em cada passo
Sobre amar, posso dizer que passa
Sobre amar, só sabe quem ama, e quem ama sabe: o ser humano que amado é, nos faz entrar em estado de amor.
O estado de amor tem efeito estimulante e depressor. É causado pelo amor, droga capaz de modificar funções fisiológicas e até de comportamento...
Feliz aquele que nunca provou tal substância
Rehab?

7 de setembro de 2009

Ela disse que voltava.

Minhas mãos trêmulas esperam você aparecer
Nesse cenário impróprio, que deixa de ser irreal para ser minha realidade
Eu sinto a dor da densidade do abstrato
Porque eu sou componente do ar insignificante
Eu estou presente nas árvores
No reflexo do sol
O som do piano toca cada corda vocal, cada batimento cardíaco...
Será apenas confusão? Será?
“Te achar de forma certa, ao meu favor, nem sempre é fácil.
Mas quando precisar de mim, coloque o piano para tocar.
Bárbara, estamos aqui. Consegue ver? Todos e cada um de mãos dadas.
Não seja cega, amiga.
Não se maltrate.
Reveja seus pensamentos. Purifique-s. Eleve-os.
O passado pelo qual você sente falta ainda existe. Em algum lugar do infinito, ele acontece, repetida vezes.
Psicológico é tudo aquilo que tem te deixado em desesperos. Essa substância que você sente correr pelo seu corpo, é parte fundamental da sua angústia. Esse amor que você sente não somente em seu coração, é parte fundamental da sua felicidade.
Mas seu medo, não tem raiz. Seu medo não tem base e ninguém tem o direito de concretizá-la. Eu te amo, Bárbara. Sei que você está bem, você pode estar melhor, até mesmo, que nós mesmos.
Só você ainda não viu.
As cortinas vão se abrir.”

Adelaide.



Acabou....
Nada mais.

12 de agosto de 2009

As minhas meninas



Conheci algumas no ano de 2.006... As conheci numa época boa para mim, nunca época ingênua, numa época cega, numa época esperançosa, numa época em que eu ACHAVA que era ansiosa, ACHAVA que era ambiciosa, ACHAVA que estava com pressa...
Ao conhecê-las, minhas mãos eram tremulas, as palavras que eu dizia eram calculadas em cada detalhe. Eu queria agradar, somente agradar, e um dia me sentir amiga delas, que nem elas eram: Fotos e fotos no orkut, depoimentos, trocadilhos e conversas nas entrelinhas.
Algumas moravam no Rio, eu já amava aquela cidade... E a cada dia que conversava com cada uma, pensamentos comuns e semelhanças ficavam à mostra. A que me "achou", lá em Miami... tão longe...
E as dúvidas brotavam: Porque elas estão tão longes? Se os momentos em que mais estou feliz é quando estou na frente do computador, isto é, com elas? Porque não as tenho aqui?
Essas dúvidas faziam meu coração se encher, cada vez mais, de carinho, de vontade e de VALORIZAÇÃO de cada uma delas.
A amizade crescia, crescia... E eu ia conseguindo o que eu sempre quis: uma amizade CONCRETA, apesar da distância.
Discussões, -pouquíssimas-, afastamentos... Tudo típico de uma boa amizade. Com o passar do tempo, eu ia conhecendo outras: amigas das amigas, pessoas que eu já queria conhecer, pessoas que surgiram do nada...
Enfim, todas, sem exceção, longe de mim!! Rio de Janeiro, São Paulo, Miami... Chega!
O primeiro momento de encontro físico foi simplesmente SURREAL... Eu me senti a pessoa mais feliz do mundo! Eu queria tomar aquela cidade com todas as forças... Eu queria agarrar o Rio de Janeiro, eu queria juntar todo mundo num lugar e ficar lá para sempre. Eu queria morrer na praia, mas não queria sair de lá.
O que eu não sabia era...
Que o vínculo, há, o vínculo que eu tinha com elas, não era nada! Que o que eu tinha em comum com elas, não era nada em comparação a que eu tenho hoje! Que elas não eram simplesmente minha base, mas sim o meu mundo, o meu mundo paralelo, que está do lado de fora do real!!
Que muitas outras vezes eu iria à Cidade Maravilhosa, que iria conhecer mais pessoas maravilhosas, que iria me divertir mais ainda, que iria encher, cada vez mais, o meu coração, de pessoas amadas! De pessoas distantes... De pessoas protagonistas de mais uma história do amor separado pela distância.
Que separado, que nada! Posso falar? Nunca vi tanta união em uma só amizade. Nunca vi uma amizade conseguir construir barreiras pro mal que nem a minha com a dessas moças!
Nunca vi alguém viver tão feliz como eu ao lado delas! Nunca vi tanta sinceridade e pureza... Nunca vi tanta música brotar dessa história! Nunca vi alguém que entenda esse reboliço de sentimentos!
Eu AMO tanto essas pessoas... Talvez muito mais do que eu vá amar alguém!
E, atualmente, somos um só: Estamos juntas, sempre. Ligadas. O fio que nos une e nos separa, os sinais que a gente ouve, a saudade d'oces, a nossa vontade de ter os nossos sorrisos no correr da nossa hora, e toda uma trilha sonora...

Preciso agradecer: Preciso agradecer ao carinho depositado em mim! A confiança, ao amor, a paciência... Paciência de pegar uma menina de 12 anos pra praticamente... CRIAR! Por ter colocado no meu coração um sentimento tão bom, bom terem feito meu ser crescer, cada vez mais. Agradecer, as que eu nunca vi. Agradecer as que eu conheci a meses. Agradecer as que eu só vi uma vez. Agradecer as que eu já enjoei de ver (ok, nunca). GRATIDÃO é a palavra certa!!
Porque ninguém se sente tão bem quanto eu em chegar no RJ, em sentar numa mesa de bar com vocês, em ver vocês doando um pedacinho de vcs A MIM!
Ninguém se sente tão bem em saber que daqui há uma semana uma pilha de sentimentos vão chegar até mim: Aos pouquinhos, vão chegando pessoas amadas, na minha Cidade... No meu convívio!!! Não dá pra acreditar!
Eu, ao lado de vocês, sou criança boba com brinquedo na mão. Ao lado de vocês, eu sou mulher apaixonada. Ao lado de vocês, NÃO FALTA NADA PRA EU SER FELIZ.

Quero mostrar um mundo. Quero mostrar a minha casa, a minha cidade, minhas outras amizades, minha família e até minha gaveta de lembranças. Quero VOCÊS EM MIM!


EU AMO MUITO.
OBRIGADA!

10 de agosto de 2009

Adelaide.

Estou na sala de piano agora....
Sentada na cadeira, me procurando entre as linhas do papel...
Meu café reflete uma imagem que eu, realmente, não conheço. Chega a dar um nó na garganta...
Tenho recebido cartas de uma tal Adelaide.
Ela diz ser um anjo, e tem me guiado...
As cartas começam com um cabeçalho, aonde escritas estão: a data que ela me enviou, e a data que lerei...
Impressionante: Se me atraso, ela sabe, e, por isso, escreve exatamente a data que eu, de fato, lerei o que ela me escreveu.
Voltei da caixa do correio há pouco, e por isso minhas mãos estão trêmulas e talvez minha letra não fique a mesma... Tenho muito medo do que posso ler.
Porém, a curiosidade e a vontade de saber viver emitem uma força sobre o meu corpo, e eu levo a minha mão até a abertura do envelope...

"Algum lugar do infinito, 23 de setembro de 1955
(Escrita no dia 12 de setembro de 1955)

Querida Bárbara,

Gostaria de dar continuidade a primeira carta que lhe enviei, em junho.
Tenho passado os dias te observando... Não me impressiona sua pressa de vida, a sua indecisão e a sua mudança de planos seguidas de choros.
Mas me preocupa a sua euforia de viver, que te cega.
Olhe para frente, agora.
O que vê?
O piano não é a única coisa que de fato está na sua frente, querida.
A sua frente, uma legião de anjos lhe observa
A sua frente, crianças estão a sorrir, pessoas felizes estão a correr,
E eu, estou sentada, escrevendo para você...
Você que não me vê, mas pode me ler, e até talvez, seguir minhas palavras.
Talvez não devesse interromper sua estadia em seu plano, mas acho justo.
Está no caminho certo, mas pense que pode não estar enfrentando-o de forma correta.
Seguiremos juntas nessa caminhada. Serei ausente na medida certa, e estarei ao seu lado em cada passo...

Adelaide"


Estou confusa com o recado de Adelaide...
Se não a impressiono com a pressa da vida, porque a minha euforia de viver lhe preocupa, e o pior... Me cega?
A vida... Ela quer dizer que a vida já está na minha frente!
As crianças, sim, as crianças estão sorrindo, e as pessoas correndo porque elas estão... vivendo!!!
Minha cabeça está a mil. Quantas intepretações posso fazer dessas palavras...
Espero ansiosamente a próxima carta..
Tomo meu gole de café amargo, passo a mão no rosto e me pergunto:
O que será de mim, quando levantar dessa cadeira?

O piano toca.


"I am colorblind,
Coffee black and egg white.
Pull me out from inside.
I am ready.
I am ready.
I am ready.
I am
Taffy stuck, tongue tied,
Stutter shook and uptight.
Pull me out from inside.
I am ready.
I am ready.
I am ready.
I am...fine.
I am covered in skin.
No one gets to come in.
Pull me out from inside.
I am folded, and unfolded, and unfolding.
I am,
colorblind,
Coffee black and egg white.
Pull me out from inside.
I am ready.
I am ready.
I am ready.
I am...fine.
I am.... fine.
I am fine."

9 de agosto de 2009

Achei na internet, bonito...

"Me apaixonar. Amar e ser amada. Olhar, beijar, mostra para os amigos. Contar para a família. Sair para jantar. Tornar público. Ouvir aprovações. Ciúmes. Chorar ao som das músicas tocadas no rádio. Fazer meses, fazer anos. Pedir um convite a mais. Durar. Noivar. Tirar fotos. Fazer jantar. Assistir a um filme, cuidar.
Tudo isso, tão bela e real aos olhos da maioria. Eu mesma, presencio novos casos como esses a cada dia. Mas nunca comigo, estranho...
Me apaixonei, amarei e serei amada. Nos olhamos e nos olharemos, nos beijaremos. Talvez, daqui há um bom tempo, nos mostraremos para os nosso amigos. Talvez nunca contarei para a família. Sairemos para jantar, como bons amigos. Tornaremos público? Provavelmente sim, para um grupo restrito... Ouviremos pouquíssimas aprovações. Não terei ciúmes, já estou tão (mal)acostumada, que até dividir seria normal. Choro com músicas de letras melancólicas e talvez mais proibidas, via fone de ouvido, no baixo volume... Gostaria de fazer meses, amaria fazer anos. Não poderia ter motivos para pedir um convite a mais. Talvez dure. Nunca noivarei. Tirei e tirarei fotos, como bons amigos. Fazer jantar, sim, numa viagem, ou numa "sumida"... assistir e cuidar, é, da mesma forma.
Se eu pudesse escolher, tiraria os verbos do futuro. Se pudesse, viveria minha vida seguindo o primeiro parágrafo. Mas não escolhi na hora de amar. E agora, sim:
Eu escolho, eu resolvo me amar. Eu escolho gostar de gostar. É do meu mor que eu gosto, assim, sem tirar nem pôr: gosto do seu cheiro, do seu carinho, da sua voz, sim, das suas mãos. Quantas mães de família, atualmente, lamentam seu amor mal-vivido, quantas dessas não dariam tudo para estar, como eu, à flor da pele...
Tenho o melhor momento. Talvez não a melhor consequência, ou o melhor motivo...
Então, que o tempo passe, que o verbo seja conjugado no presente e no passado. Que a vida me tome de emoções, que a flor desabroche, que a champagne seja aberta, a ceia seja feita, que as folhas velhas sejam arrancadas. Pois eu quero sentir o cheiro do novo, quero sentir o que o mundo me mostra e eu somente vejo.
Quero sair do casulo, quero ser borboleta colorida a voar.
No meu céu, no seu céu... Será mesmo que ele é o mesmo?

... No momento, eu te amo... "


Daí lembrei de alguns trecho musicais:

"Nem quero pensar se é certo querer..."
"Eu te amo calado, como quem ouve uma sinfonia de silêncio e de luz... Nós somos medo e desejo, somos feitos de silêncio e som..."



Bjs!!

23 de julho de 2009

Uma luz no fim do túnel, braços abertos a esperar...

A conheci numa noite feliz. A conheci sem muito pra dar, sem muito pra oferecer... Dela não esperava nada.
Cinco minutos se fizeram anos, a afinidade foi enorme... A tranquilidade transbordou.
Meses se passaram, um grande tempo perdemos!
O que sei hoje é que naquela noite feliz, eu conheci uma pessoa especial. Alguém delicado, alguém com necessidade de ser tratado com muito carinho amor, alguém que precisa ser regada como uma flor...
Esse alguém é forte. Muito forte... Ele já suportou tanta coisa! Que boba que fui, não sabia que o tinha do meu lado.
Esse alguém é artista. Escreve belamente e tem grande potencial... Gosta de coisas boas.
Esse alguém é compreensivo. É impulsivo... Me lembra coisas carnais, coisas fortes. Brinca até não poder mais. Gosta do rock, gosta do pesado. Mas ao mesmo tempo me lembra colo, cheiro de emoção, lágrima... As vezes até a vejo ouvindo uma MPB...
Sinto que esse alguém quer me ter ao seu lado. E um imã muito poderoso me arrasta até ele.
A gente tá querendo se ajudar. A gente se compreende e se fala no olhar. Nossa ligação é espiritual. Nosso amor é inexplicável e com essa vida não tem nada a ver.
Esse alguém foi batizado com o nome Cinthya e veio ao mundo dia 19 de novembro de 1993.
É, há tão pouco tempo nessa Terra suja e feia, ela já viveciou mais do que muita gente. Em 16 anos ela já me fez feliz, já fez feliz a outras pessoas e está cada vez mais presente. Cada vez mais intensa!
Essa menina promete, essa menina tem fome, ela arde! Ela vai longe...


E eu vou com ela!

Um texto de Juliana Tavares!

Estava eu aqui revendo meus arquivos, e achei esse belo texto da Jú. Ela tem um pouco de vergonha de publicá-los. Vou aproveitar que ela está viajando e vou colocar aqui! Apreciem! Beijos e.. lá vai:





Muitas vezes eu tentei... e apaguei
Muitas vezes eu deixei... e me entreguei
Sempre quis... nunca consegui
Nunca fiz... sempre me arrependi.

Ontem mesmo eu chorei
Com a mão no rosto eu limpei
As lágrimas que estavam a cair
Sendo que eu só tinha motivo para rir.

Um sorriso que todo mundo vê
Mas que só nao é verdadeiro para você
E assim me enganando eu vou
Nunca descobrindo quem sou.

Um dia a coragem virá
E quem sabe eu possa explicar
O quanto confio em você
Mas só tenho vergonha de dizer.

Segura a minha mão, mas nao me pergunte nada
Pois a resposta poderá ser dita... errada
Não que eu só saiba mentir
Só tenho medo de me descobrir.

Não precisa entender o que escrevi
Acho que nem eu entendi
O objetivo mesmo é dizer
O quanto preciso de você.

22 de julho de 2009

Eu e o... Nada.

Ah... oi.. pode sentar aí...
Sabe o que é, Nada...

Me vejo em uma situação verdadeiramente complexa. Sinto que estou desabrochando para a vida. Sinto que ela está mudando, e não sei se está indo no caminho certo. Não sei se estou agindo adequadamente. Tenho medo, sabe? Mas quem está na direção é o meu coração. Ele tem feito umas curvas bruscas que me assustam, mas tem dirigido de forma que as vezes consigo até cochilar, sonhar...
Eu estou completamente entregue à busca da felcidade. O problema é que não sei aonde ela realmente está. Não sei se é tudo ilusão. As vezes acho que sim, sabia... Até porque de vez em quando eu crio o meu mundo e não quero mais sair dele.
Nada, eu tô apaixonada. É, principalmente pela vida... ela tem me prometido muito, sabia? É, talvez seja tudo culpa dela... Tenho ficado muito aflita com tantas promessas instigantes. Tô crescendo.. tá doendo, tá apertando... Tá muito pequeno aqui, Nada. Será que você não pode me ajudar? Eu adoraria ser solta. Ah, eu faria um mundo!
Eu ia buscar a tal felicidade. E se eu estivesse enganada, não teria problema, eu voltaria para o início da estrada e pegaria outro rumo... E assim por diante!
Eu acho que essa tal vida está tramando com felicidade. A vida me promete porque como eu, ela quer viver. E a felicidade quer acompanha-lá, quer fazê-la feliz. Elas se amam, Nada! E eu sou muito a favor das duas! Deixa elas entrarem, nada? Deixa!! Eu ficaria tão feliz de tê-las ao meu lado enquanto espero ser solta! [...] Que foi? Que cara é essa, Nada? "Se eu não for solta?"? Ah, pára! Sei que vou ser solta. Na verdade verdadeira, eu já sou solta, tá? Há muito mais tempo do que você imagina! Só estou trabalhando em mim. É apenas meu atual estado: presa em mim. Em processo de edição interior.
Mas eu, na verdade, não me alcanço! Sou do tamanho do infinito! É... Eu simplesmente quero viver tudo o que há pra viver, quero me permitir. Sabe a vida? Então... Além de ter me prometido, ela me deu chances de provar esses momentos. E eu provei... Que sabor maravilhoso que tem, Nada. Você não sabe o que perde!
Nessas horas minha cabeça dá um nó enorme! E se essa tal de vida estiver me enganando?? Já ouvi falar que ela é traiçoeira, bandida... Ok, o Gonzaguinha diz que ela é bonita... Será que basta?
Sei não... Sei que tô vivendo. Tô nessa pré-vida que você conhece até ser realmente solta! Tô gritando vontade. Tô amando! E além de tudo... tô fingindo ter paciência!

Tchau, Nada... Consei de conversar com você e não ouvir nada!
Depois eu te procuro!


... Nada, você tá ai??

11 de julho de 2009



Recebi da Mariana.
Indico as fofíssimas:

Cinthya (www.correoquecustar.blogspot.com)
Karine (www.cult-me.blogspot.com)
Tainá (www.contodefodas.blogspot.com)
Bianca (www.euarcoiris.blogspot.com)
Izabella (www.bel.jacobina.zip.net)



As regras são:
1- Dizer quem passou o selo e colocar o link.
2- Copiar e responder as perguntinhas.
3- Escolher cinco amigas blogueiras e fofas
4- Avisar que ganharam o selinho: "A dona deste blog é uma fofa".

E as perguntas são:
1. Mania: Deixar comida no prato.
2. Pecado Capital: Gula.
3. Melhor cheiro do mundo: Feijão feito na hora.
4. Se dinheiro não fosse problema eu faria: Uma viagem com o amor da minha vida para o lugar mais distante de todos, com direito a tudo a vontade.
5. Casos de infância: Chupei várias pilhas (?) e fiquei tonta, rindo que nem uma doida. Com 3 anos, fui parar no hospital pra fazer lavagem.
6. Habilidade como dona de casa : Oi?
7. O que não gosta de fazer em casa: Guardar roupa passada.
8. Frase: "Ter nascido me estragou a saúde."
9. Passeio para a alma: Plenitude de qualquer forma.
10. Passeio para o corpo: Ser unido a outro de forma simbólica, ou não; banho bem tomado
11. O que me irrita: Não me sentir livre, seja a situação que for.
12. Frase ou palavra que fala muito: Cabuloso e Escroto.
13. Palavrão mais usado: Escroto
14. Desce do salto e sobe o morro quando: Respiro
15. Perfume que usa no momento: Accordes
16. Elogio favorito: Você é bonita por dentro!
17. Talento oculto: Cantar
18. Não importa que seja moda, não usaria nem no meu enterro: Calça de malha preta, um salto e acrilico LINDO e uma blusa decotada com vários paetês.
19. Queria ter nascido sabendo: Atuar, dançar, ouvir, falar, escrever e entender todo mundo.

4 de julho de 2009

VIDA RETICENTE

Eu
Eu
Eu

Tá certo... Sou mais egoísta do que eu imagino. Tá certo, eu deveria estar pensando que muitos estão passando fome sem nenhuma coberta para esquentar seus corpos arrepiados. Que muitos outros tem o coração dilacerado como o meu, além de não ter esperanças.
Contudo, a angustia bate em minha porta. Uma enorme interrogação invade meu ser a cada instante passado. Me sinto fora de órbita, fora de mim, fora do meu lugar. Queria uma varanda de frente pro mar, queria um samba para consolar a minha dor, a minha dor que por sua vez já seria por amor. Ter uma vida simples, uma vida despreendida de materialidades. Ter uma cama boa para deitar, uma ducha para lavar os cabelos do meu amor... Alguns CDs que tocam vida e... alguém amado. Meu dia-a-dia seria para os outros. Quero falecer me doando, ajudando quem precisa de mim...
Mas antes, eu preciso, preciso MESMO saber de mim. Preciso saber se todos esses sonhos podem ser realidade. Eu preciso ter certeza, na verdade. Não quero desabar em tudo o que construi, mesmo que abstratamente. Preciso, preciso...
Eu tenho pressa de viver. Muita pressa. não era parar eu ter, né? Que merda. Descobri que vou ter que lutar por toda essa felicidade. Que eu vou ter que ganhar (ou perder) muito tempo nessa jornada.
Nesse tempo, eu vou ouvir, chorando, sambas angustiados, vou ouvir, sorrindo, sambas bem bolados... Eu vou me econtrar e me despedir do mar diversas vezes, vou ver peças, ouvir artistas, me informar de acontecimentos...
E tudo isso vai ficar ali, como alguém que me diz:
"Estamos te esperando, vem viver a felicidade"
A esperança vai aflorar, ela vai se fingir de morta. Eu vou chorar calada e de vez enquando... gritar. Vou cantar pra todo mundo... "Quem sabe então assim...?"
É... eu espero que depois de tudo isso eu olhe para mim e me surpreenda com o tempo que passou.
Espero me encontrar experiente, com concepções de vida aprimoradas e condições de abrir a porta do meu ser.
De olhar para o mar e deixá-lo entrar em mim. Confiar. Ter razão para confiar.
Deus estará do meu lado nesse momento. Meu avô querido, meus amigos espirituais de longa data... Os bons encarnads estarão sorrindo para mim: Minha mãe, minha companheira, deverá estar em um pedestal. Pois sem ela nada aconteceria.
Peço e rogo por esse segundo de felicidade. É, pois sei que nada é eterno. Nada vai me deixar com um sorriso estampado na cara sempre..
Mas quero ser grata. Tenho que ser grata.
Que a vida me dê rugas da idade, que meus olhos esbanjem mistérios e segredos.
Que o meu sorriso seja o mais sincero.
E que a arte predomine na minha alma.
Amém.

Me prova a inconstância.

Você tem tomado conta de mim
Você parece ter nascido há dez mil anos
Você se faz de santo
Você se faz de espontâneo
Você se faz de moleque
Mas por traz dessa cara de marra
Há muito mais do que no seu suposto cheque
Desejo maior que o meu parece não existir
Que bobagem a minha
O que sinto é o tempo partir
Bonecas, não mais
Sonhos, não da mesma forma
Aspirações altas, verdadeiras torres a serem escaladas
Futuro incerto, coração em aberto...
Pode entrar, não escondo garras
Pode fantasiar, gosto de vestir seu pensamento
Abre a porta
Deixa eu te contar, que ontem eu me perdi navegando em outros seios
Deixa eu te contar o que eu fiz há um tempo atrás
Lê meu olhar, faz parte do meu cotidiano?
Depois disso eu posso agir bailando ao som de Adriana e Ana
Posso extravasar na minha pele artista
Pele essa que possui glândulas saltitantes
Pele essa que me serve de instrumento
Que arrepiada me mostra o quão você já está
Dentro de mim.


Escrito em ... 25/06/2009

Cheia... desse vazio.

Eu queria cantar
Eu queria tocar
Eu queria atuar
Eu queria desenhar
Eu queria dirigir
Eu queria caridar
Eu queria respirar
Eu queria amar
Eu queria andar
Eu queria refrescar
Eu queria embelezar
Eu queria mudar
Eu queria parar.

Porque se eu quero
Eu não tenho
Porque se eu tenho
Eu não quero
E o egoísmo segue
Minha vontade cresce
Num vácuo de lógica,
Num mar de dúvidas
Em que o mundo vai fingindo
Fingindo que entende...
Fingindo que está me ouvindo.

Versos meus...

Tenho saudade de você
Tenho saudade do seu olhar
Seu olhar que era triste e eu não percebia
Seu olhar que me chamava e eu não ouvia
Eu sinto seu cheiro
Eu amo ser tua
Amo saber que você existe
Aparece pra mim?

-

Vou cantar
Vou dançar
Na cidade maravilhosa andar
Viver a beleza de sonhar
Sonhar de verdade
Com a liberdade
Estimulo presente
Que coisa mais bela é o mar...
Que alegria te ver andar
O sol queima nossa pele como essa vontade que me pertence
Tá tudo bem
Tá tudo bem
Eu quero estar bem!

25 de junho de 2009

"Meus desejos eu não conheço mais, andam se empurrando demais.Me choco com o desconhecido já íntimo. Numa sensação profunda de que meus dias nunca mais serão iguais e tudo que era o mais incomum começa a fazer parte do cotidiano. Anestesiando a normalidade."

Por Mariana Camilo,
minha bela,
minha artista,
minha amiga.
(www.deixaeucontarprati.blogspot.com)

23 de junho de 2009

Alguém que eu sei quem.

Dúvidas me atormentam como tempestades inesperadas.
Me sinto como um faminto que tem o banquete a sua frente... e eu não posso mais!
Não posso mais me permitir aguardar
Porque o barulho do ponteiro no relógio me atormenta
Porque o tempo parece urgir
O céu cair e subir diante dos meus olhos
Suprir minhas dúvidas não me deixaria segura
Talvez me arriscar me assegurasse de que não perdi a chance.
De que o sol se abriu na tempestade
De que eu corri até ele como nunca corri para os braços de alguém.

...me perdi.

Não sabia que a vida era tão perigosa. Acreditei que venceria facilmente, mas estava errada. Ela me tomou como uma onda muito grande, e eu ainda não sai da água. Sinto que estou me afundando, e quanto mais afundo, me sinto mais longe de conseguir o que almejo. Antes era tudo claro... era tudo tão mais próximo. Não quero me perder nesse mar traiçoeiro.
Tenho ainda, esperanças de reviver.
Esperanças de levantar.
Mas por enquanto estou perdida, muito perdida. Morro de medo de ouvir a bronca da mamãe: "Avisei para não ir para o fundo!". Talvez por isso prefira ficar aqui. Deixando essa onda me levar, me arrastar... Machuca, mas ainda não morri.


Cansei dessas contradições minhas. Cansei de mim.
Que saudade da aurora da minha vida.
Desespero.

15 de junho de 2009

Surpresas um tanto... esperadas?

Às vezes sinto que estou me afogando no maior dos mares.
também já me senti entre quatro paredes... já quis gritar, bater, morder, invadir, morrer, calar, chorar... nessas horas o mundo para, e quando eu fecho os olhos, elas parecem me dizer que nunca irão embora, e que elas fazem parte de mim... é, elas fazem. e ficam entre o intervalo das minhas inconstâncias maiores... e essas jamais serão ausentes na minha vida.
É fato que a vida é cheia de surpresas, que o destino é algo incerto e que devemos viver bem o presente, para igualmente viver o futuro.
mas, por favor, diretor... tem como escrever um roteiro sem sustos e desilusões?
É que os improvisos foram muito dolorosos, e sempre serão.


"[...]e que mais, vida eterna, me planejas?
o que se desatou num só momento
não cabe no infinito, e é fuga e vento."

e mais:
"o problema não é inventar, é ser inventado hora após hora e nunca ficar pronta nossa edição convincente."

Carlos Drummond de Andrade

7 de junho de 2009

Anjo do bem, genio do mal.


Eu vivo uma ilusao material a maior parte do tempo
Eu gosto de gostar boa parte do tempo
Adoro sentir e desejar muita parte do tempo
Planejar, fantasiar, imaginar... Sim, eu gosto.
Mas a menor, a pouca parte do meu tempo, eu fico me chamando a realidade.
Me chamo ao dever, ao saber...
Só preciso pedir que a tentacao fuja de meus olhos
Pois se a vejo, me perco, e volto a minha ociosiadade terrena.
Delícia.

27 de abril de 2009

Me leva...


Meu Senhor
Cura a minha dor
Que se faz por amor
Me leva de minha terra
Para um céu muito mais alto
Onde o presente me conforta
E o futuro me instiga
Ó, Cristo
Quero estar debaixo dos teus braços
Me protege, me rege
Me deixe viver num âmbito mais feliz
Onde o samba é minha reza
E o mar é o que eu sempre quis.

26 de abril de 2009

Mesquinhosidades grandiosas

Eu morro de preguiça de fazer as minhas obrigações. Mas como é importante eu faço.
Gostar mesmo eu gosto de rir, de ser feliz em momentos pequenos. Porque eles sim, eles são a felicidade.
Um almoço em família, amigos em casa, coca-cola com gelo, fotos, música, sensações, dormir depois de um banho demorado, ver GNT, comer feijão refogado na hora, saber que ainda tenho o teatro, me arrumar, comer chocolate, deixar a água cair no rosto, me sentir livre, me sentir mulher e me sentir criança. Receber comida na boca, ser paparicada, ser compreendida, estar no palco e sentir o cheiro da madeira, conhecer pessoas que me despertam felicidade, me ver em mentes admiradas, poesias, sonetos, cheiro de roupa nova, ir ao cinema com a minha mãe, duplos sentidos, vozes, copos, imagens, cuidar de mim, cantar com meu irmão, botar pra fora toda a minha emoção, observar e ser observada, ser olhada nos olhos, pessoas, livros, descobertas, lares espíritas, leoninos, arianos...
Depois de rever tanta coisa em mim, percebo que nem sou tão ruim assim... né?
Essa parte é a que interessa. O resto, a gente vive sem.

Ah, o meu café! Ele tem que vir depois do ponto final.

Poesia reunida

"Uma noite de lua pálida e gerânios
Ele viria boca e mãos incríveis
Tocar flauta no jardim
Estou no começo do meu desespero
E só vejo dois caminhos:
Ou vivo doida, ou santa."


Adélia Prado



"Menino do Rio

Calor que provoca arrepio

Dragão tatuado no braço

Calção corpo aberto no espaço

Coração, de eterno flerte

Adoro ver-te...Menino vadio

Tensão flutuante do Rio

Eu canto prá Deus

Proteger-te...

O Hawaí, seja aqui

Tudo o que sonhares

Todos os lugares

As ondas dos mares

Pois quando eu te vejo

Eu desejo o teu desejo...

Menino do Rio

Calor que provoca arrepio

Toma esta canção

Como um beijo...

Menino do Rio

Calor que provoca arrepio

Dragão tatuado no braço

Calção corpo aberto no espaço

Coração, de eterno flerte

Adoro ver-te..."

Devaneios mentais

Minhas mãos estão geladas
Um mundo quer sair de mim
Meu braço está arrepiado
E eu não posso mais!

PRECISO ME FAZER FELIZ.

Quero amor de verdade
Não quero preocupação, não quero ciúme.
Eu mereço... eu amo tanto, tanto...

Queria ficar só pensando...
Sentindo.
Mas algumas lágrimas poderiam cair e...
Eu sou só uma menina...

Tá na minha hora de estudar.

9 de abril de 2009

Anônimo

Você para mim é mistério
Não consigo te decifrar
Será que é verdade?
Será que é real tudo isso? Eu odeio desilusão...
Quero cara a cara. Quero mão na mão.
Quero amor, amor incondicional.
Eu mudo por você
Me renovo e renuncio
Você entrou no meu sistema e me desconfigurou
Estou atada a você e te sinto a toda hora
Posso te garantir que te sinto agora
O seu sorriso é lindo... Eu quero ele pra mim.
Você me dá?

É você...

Não quero viver meus segundos longe de teus braços
Quero ao menos ouvir tua voz, teu sussuro em meu ouvido
Pois é tortura te ter apenas em meu coração
Podendo te ter em meu corpo
Te quero colado em mim
Para ter a prova de que você realmente existe
Minhas mãos são trêmulas e meu corpo é invadido por algo que me faz lembrar você
Coisa que eu amo odiar
E odeio amar...
Anos e quilometros estão entre nós
Porém não podem me separar de ti
Sou grande demais com o meu sentimento
Contudo não te vejo ao meu lado
Você é grande para outrem...
... E minha imensidão não consegue enxergar.

7 de abril de 2009

Quem sou eu?

os meus sentimentos tomam conta do meu corpo
eles doem; porém me deixam feliz
eles são agitados como moléculas de uma alta temperatura
e eu os sinto... sinto a cada dia que acordo
sinto a cada festa que vou
a cada chuva
a cada pôr do sol
de vez em quando eles falam comigo
eles jogam na minha cara a pessoa que eu sou
muitas vezes pedem ajuda à uma música... música que esteve sempre tocando
mas que nunca foi ouvida.
eles me assustam... ou não?
"Bárbara, pára de mentir para você. Bárbara, você não é nada do que pensa."
em algumas noites sozinhas, me olho no espelho, e sinto meu olho abrir involuntariamente
são eles...
são esses seres dentro de mim
esses sentimentos
sou eu.

12 de março de 2009

O teatro que há em mim.



Um desejo enorme e profundo surgiu no meu coração quando eu tinha 5 anos. Um desejo que surgiu num piscar de olhos, sem mais, nem menos. Sem conhecimento e experiência, passei anos de minha vida sonhando, apenas, e não praticando. Quando comecei a fazer aulas de teatro, achei que já podia ser chamada de atriz, e, ingênua, lágrimas de emoções deixei correr.
Hoje em dia, após 3 anos, seguindo para a oitava peça, meu pensamento é outro. Acho que ainda vai demorar para chegar o dia em que direi: "Sou atriz" com o mínimo conforto, que seja.
Simplesmente porque tenho a consciência de que em 3 anos não rendi o que poderia ter rendido.

Não estou satisfeita com tanta coisa...

Naquele palco, onde ponho os meus pés toda semana, eu me sinto outra pessoa. Porém, ainda não tenho certeza que atuo, de verdade.

Talvez mostre um lado que gostaria de mostrar... Ou então extravaso o sentimento que preso está dentro de mim.

Isso é certo? É que nunca me deram o manual de instruções de uma atuação.

Apesar de tudo isso, o cheiro do teatro me deixa arrepiada. Ouvir um diretor comentar sobre uma cena, ou falar da história do teatro deixam meus olhos brilhando. A energia é tanta que meus braços pesam. Minha mão fica gelada e eu sinto frio na barriga só no olhar para a platéia.

A música, acompanhada dos holofotes deixam o meu coração aos pulos. E eu chego num ponto do meu pensamento que me deixa muito confortável. Acho que ali, naquele momento, em que tenho o meu espaço em uma cena, sou completamente feliz.

Nas férias do teatro - os meses mais ocilantes do ano -, eu vejo muitos filmes, assisto à peças e ouço músicas. As idéias vem como um clarão na nossa mente.

Mas por incrível que pareça, quando volto ao meu estado normal, parece que elas me fogem.

Pego o meu texto, entendo-o, e imagino-o de uma forma.

E essa forma segue até os aplausos da platéia.

Não sei se isso é bom... Existem N maneiras de se fazer um personagem. Acho que devia sempre observar todas elas. Mas eu não consigo.

É por isso que, a cada semestre, a cada peça, eu me esforço mais.

Amo o teatro. E por sonhar, por tentar e me esforçar, amo intensamente.

Gostaria de ouvir grandes atores, de entender o pensamento de cada um deles.

Muitas vezes o meu erro está em mim. No meu equilibrio pessoal, psicológico.

As vezes esse erro nem existe... Posso estar apenas em um processo de crescimento na área.

Confesso que isso me deixa confusa.


Vou tomar um café e pensar no assunto.

Boa noite.

9 de março de 2009

Bendito

Eu não queria ser tão humana, não queria escrever coisas tão grosseiras e clichês de um ser humano.E acredito que nossa natureza, na realidade, é o oposto disso. Não tenho vergonha...Mas com certeza acho melhor quando me lembro das leis naturais da vida, Da bondade, da energia que nos cerca, do amor que temos no nosso coração como um todo.Na lágrima que corre em nosso rosto no simples ato de ver o outro em apuros,De ver humanidade e tristeza...Esse nosso lado bom, com sede de caridade.Músicas boas, livros bons, crença, Deus, divindade, plano maior... Porque não me sinto arrepiada e cercada de energia constantemente?Porque amanhã estarei no oposto do que estou hoje?Senhor, Senhor que tanto me ama e que tanto é amado, ajude-me a progedir, ou ao menossatifazer-lhe os olhos.Ajuda-me a ter a consciencia limpa, ajuda-me a ouvir minha consciência.Essa que ouço agora, essa que me é passada ao som de tua suposta voz.A consciencia de que o bom está em mim. Como o mal também.Essa, que me diz o que tenho que fazer.Porque finjo que não escuto? Porque sinto raiva? Ódio?Porque sou tão presa as garras desse mundo enquanto sei que devo usar coisas materiais apenasPara o meu benefício espiritual?Quanta contradição...Quanta vontade de ficar himune, de voltar lá pra cima e nunca mais voltar para esse planetaimundo. Esse planeta que me corrompe...Xô, materialismo! Xô, desejos carnais desacompanhados de alma.Sem o meu espirito não quero mais nada!Me tira desse uniforme nojento da humanidade! Me tira desse corpo que é somente usadopara propaganda de mim mesma.Quero mostrar a todos meu real rosto. Quero que todos possam vê-lo.Quero transparência, quero provas de que minha carne é fraca, quero jogá-la fora e veroutro "corpo" forte, corpo que transparece o que sinto. Sendo raiva, sendo amor.Pelo menos dessa forma as pessoas saberão de verdade quem eu sou... E quem sabe assim,Elas não me traduzem essa consciência que Você, meu senhor, já me deu.
Há um pedaço de mim
Um grande pedaço de mim
Que parece estar solto e largado
Em um outro grande pedaço de mim
Melodramático e centro de emoções
Vermelho cor da intensidade
Cor de vida e sinal.
Um pedaço de mim que parece estar cada vez mais...Por um fio.
Eu tô gritando intensidade
To querendo chorar por mundo
Rir pro alto
Viver bruscamente e ser algo
Te choca? Te choca tanta coisa, tanta informação diferente do seu pensamento?
Esse meu lado é o seu ladi maior.
Seu lado que você não deixa ser ouvido.
Seu lado oculto.
Prefiro volume 1OO
Prefiro extremos
Prefiro extremistas
Humanos.

Que sonho?

Que real vontade me fará mover montanhas e até eu mesma?

Será que realmente posso?

Até que ponto consigo me mover? Mover, mover, conseguir!

Ah mas é muita pressão.

Auto-pressão.

Sonho amado e maldito em meu coração.

Tô presa, tô solta, tô batizada de sonhadora.

Amo, amo, amo.

Malditas as consequencias desse verbo.

(c) Seder (r)

Tão nova
Tão cheia de desejos
Desejos primários
Desejos miseráveis
Amando alguém (ou algo) de forma inútil.
De forma intensa
De vontade gritante
Por uma eternidade
Ou por um segundo
Vontade de se mostrar grande
De se realizar
De se amar e ser livre
Livre para si
Livre de preconceito
Livre de ética e ordem
Presa no amor
Amor errante
Amor Gigante
Amor que luta
Amor que vive.

Futuro

Palavra tão animadora e istigante, as vezes até triste. ... Que é futuro? É ser? Tornar a ser? Continuar? Esse futuro, tão imaginado, tão sonhando, existe?? Aquela magia toda existe? Cada dia mais, vejo que não. O futuro está tão perto de todos nós, sem que vejamos. O futuro chega a cada dia que acordamos, a cada acontecimento. Esperamos por uma coisa que talvez não exista, ou por uma coisa que já está acontecendo, lentamente... Vivemos de expectativas, sonhos, coisas que nem sabemos se vão se realizar. R E A L I Z A R, outra palavra um tanto polêmica, pois o que é realizar? Será que quando o que você deseja realmente se realizar, você vai perceber? Pelos fatos que me são apresentados, a maioria de nós, seres humanos, não percebemos. Deus, ou o que for melhor para a sua crença, nos dá o que precisamos para sermos realmente felizes.... E nós, contiuamos aqui, a sonhar por coisas que não daremos valor um dia. Sonhar... sonhar... só sei, que sonho coisas prudentes, humanas e realistas. Sonho coisas lindas, mas que sei que quando se realizar, vou perceber, agradecer, torcer. Não precisamos viver de sonhos irrealizáveis, enquanto aonde estamos podemos viver coisas lindas também. Por isso digo: SONHE. Mas tente, ao menos, sonhar com o que você dá valor. Pense: será que o que VOCÊ vive HOJE, já não é um sonho? Será que isso não te faz bem? Momentos, risadas, amigos próximos estão ai, do seu lado, e você está sonhando com uma coisa que nem ao menos existe da forma que você pensa. Por que claro, existe, mas não tão mágico e tãão bonito. Talvez você não perceba que sua vida já é um sonho porque ela tem muitos defeitos, além das qualidades... E você acha que o seu SONHO, não tem seus defeitos? Reflita. Dê valor a quem te ama HOJE, aos seus momentos de HOJE. E sonhe DE VERDADE (na realidade), para quando se realizar, você valorizar ainda mais.

O estranho amor

- o estranho amor. -
Que atire a primeira pedra quem saiba o que é amor, de todas as formas, em qualquer situação. Por isso, tenho a coragem de falar: o amor é estranho. É bom, mas... apenas o sentimos, não o vemos. Sentimos num piscar de olhos. Se contar nas vezes que não o temos. Percebo cada dia mais, nos meus pensamentos, observando pessoas, que o amor é necessário. Ou que, pelo menos, o ser humano sente essa necessidade. O porquê... haha, mais uma vez, que atire a primeira pedra quem tiver a proeza de saber! Posso colocar aqui umas das minha suposições: talvez o ser humano sinta toda essa necessidade porque não é totalmente feliz. Ele precisa de algo para disfarçar, para preencher um vazio que nunca deixaremos de ter, um vazio que espera ser preenchido a vida toda... E o amor, é como uma comida que "engana o estomago"... Vai fingindo que está preenchendo sempre.Talvez, esse vazio não é preenchido nunca porque todos esses "amores" que tentam "enganar" não são reais. Sim, tanto que os chamo aqui de "enganadores". Quem sabe esse vazio possa sim, ser um dia preenchido, mas por um amor totalmente verdadeiro e recíproco? É... Acho que nós, seres humanos, estamos sempre buscando o tal amor. E... que continuemos a difícilima busca!