Quem foi que acreditou
Que o mundo tem algum momento pra sempre?
Nem mesmo no amor
Eu pretendo o infinito.
Eu gosto da pausa e à ela é o meu ode
Às interrupções, belas, fluidas e conectadas com o porvir
O infinito é chato.
O movimento é o que significa a minha vida
Pelo próprio impulso oculto
Que contraria a lei da inércia
E pelo próprio amor à vida
Que contraria o sofrimento das perdas
Ando aprendendo que eu amo erros
Quando eles visam acertos
E ainda mais os acertos
Que ontem foram erros.
Eu vou seguir o mapa dos meus sonhos
Entre tropeços e arranhões
Assim eu vou enchendo a bagagem
Do meu coração.
O "para sempre" sempre acaba.
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