17 de junho de 2010

Terra à vista

Não sei aonde foi exatamente que larguei o leão que sempre cavalguei. O destino me quis só por um tempo, e eu aceitei.

O meu leão teria se machucado, mais do que eu, nessa longa estrada.
E hoje eu tenho o mundo em minhas mãos.

Cheguei ao meu castelo, já posso até avistar-me... Logo ali.
Olho pra trás e vejo por onde andei: Tive medo; fui surpreendida; me entreguei; fui Alice; cai na armadilha, fui molamba e me perdi em um mundo que não me pertencia; perdi o brilho enquanto eu era o Sol; e ninguém veio.

A Lua me guiou e cheguei até aqui. Mais forte do que nunca, mais feliz e mais esperançosa. Não preciso mais do leão. Mas posso tê-lo.


E como prêmio falo com mais propriedade do que novamente me invade:
O amor.

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