15 de outubro de 2011

Sem título II

E depois penso junto de mim:
E essa grande vontade
Às vezes até carregada de um teor parecido com dever
De sermos o que pensamos que nos define?
Nós levará a algum lugar, por fim?
Conseguiremos passar por algum dia satisfeitos com nosso desempenho de viver nós mesmos?

O não conseguir: deverá viver aqui machucando os corações latentes até o dia em que ele não mais existir?

Eu tenho vontade de me despir do meu corpo e enfim mostrar a minha alma.
Nesse nu minha auto-estima existe, porque nele garanto a minha vontade de crescer sem precisar dizer.

Tenho lembrando
Do momento que ainda viveremos
Em que os corpos já não mais serão
Somente os olhos: esses vão ler
Escrever
Agir
Demonstrar.

Sempre tenho vontade de fazer um silêncio enorme
Desses que incomodam
Mas não consigo
E sinto que não posso
Deixar de dizer a que vim

Mesmo que, posteriormente, isso me traga sentimentos angustiados
Afinal nem sempre consigo passar o que quero.
Mas escrevo.
E digo.









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