27 de novembro de 2011

reflexões da madrugada de anteontem e da tarde de ontem.

E ali a escrita era uma caixinha de música antiga, na qual ela também guardava lembranças sensíveis.


01.Lembranças passam pelo filtro do tempo, o qual poetiza todas as dores.
02.O segundo passado é algo antigo, que pode conter essas lembranças cujas moram na caixinha de música.
03.Quando se abre um livro de olhos abertos, o livro penetra os olhos, e os olhos penetram o livro. A música,da mesma forma, introduz sua melodia em todos os nossos ocos.
04.Abrir a caixinha de música é algo que se faz quando se pode; por isso, quem abre a caixinha de música ouve. E lê. Porque antes faz-se um corte.











Quando.
escrevo.
me abro
então descubro.
em minhas palavras
aquilo.
que não sei.

Quando escrevo
deixo que a propriedade poetizadora do tempo
aja.
E então não me importo com o sujo dos sentimentos
nem com o amargo das dores
quando escrevo
reciclo. As vivências


Num ponto uma mulher
Numa palavra. O moço que limpa a rua
Numa exclamação. A raiva.
Em outra.
O amor universal.




Um comentário:

  1. "a música introduz sua melodia em todos os nossos ocos" tem muito potencial!!! eu gostei.

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