27 de novembro de 2011

Tudo é o mesmo.

Mais uma vez, o mesmo vestido amarelo. E então os sapatos jogados no chão, ao lado dos meus pés cansados, parecem também os mesmos. Eles latejam no ritmo do meu coração cansado. Porque na verdade tudo é, de fato, o mesmo. Tudo se repete outra vez, e o meu corpo já faz parte desse vício: difícil. Que reside nos desejos - que residem em mim -, tão ocultos por necessidade existencial. Parece que o amor encontra portas fechadas sem chaves no caminho para a minha alma. E eu, sempre tão embriagada de paixão por nada, fico aqui, nesse quarto que quase clareia, batendo na porta que nunca se abriu e parece nunca se abrirá: o que não existe é o que me falta.
Se virou do avesso e dormiu sem paz, para outra vez tornar, no rebento do Sol por entre o azul celeste.


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