29 de agosto de 2010

Correndo risco de morte por mim mesma.

Palavras quando ditas tem poder maior de ferimento.
É como uma arma que nasceu em você
e estando ali, parada, não te dói tanto,
a não ser a sua presença amargurável.
A arma quando arrancada leva pedaços.
Pedaços que definiam ou fingiam definir.
Eu não existo mais.
Mas é preciso existir.
Agora, tudo se resume no agora.
Porque o agora tomou rumos inimagináveis.
Nada parece realmente estar acontecendo...
Parece pesadelo e sim... Nem sempre os sonhos convencem.

Mais do que nunca, agora eu vivo só.
Sozinha e largada num mundo de gente.
Nem isso nem aquilo.
Eu.
Presa, torturada, amargurada.
Aquele velho e conhecido barco
Tonto e amarrado.
Embrigado.

E qualquer definição pode ser arma.
Sozinha e armada.
Correndo risco de morte
Por mim mesma.

Nuvem negra sempre negra
Que nunca precipita.

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