29 de agosto de 2010

Quando viver é um fato que dói.



Quando a vulnerabilidade é estado de espírito.
E o corpo é um oco de orgãos virados do avesso.
Quando os olhos, de tão saturados, não mais existem. E choram a falta de outros que o conheceram.
As mãos são as mesmas. O risco de morte por mim mesma quando a nuvem negra é eterna negra e não precipita.
O nu como exposição vulnerável.
O coração louco e desesperado, exposto, que o vendaval resseca.
Cada vez mais seco.
Mais fraco.
Mais salgado.
Jorrando sangue na luta pelo equilíbrio.
Trata-se de um tempo sem relógio.
Num mundo cheio, porém sozinho. Num mundo-moinho, aonde os sonhos não convencem. Aonde os sonhos são triturados. O mundo que é buraco negro
e que abriga uma vida doente.

Quando viver é um fato que dói.

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