Do dia eu só espero a noite.
E da noite, só espero...
Espero meu ato.
E o fato.
Espero você e a vida
Que se confundem num céu de nuvens
Cheias.
Quero a precipitação dos seus atos e as lágrimas da vida.
Espero acordar minhas sonolentas descobertas
Ainda encobertas e em cobertas
Na cama que é leito do choro que meu corpo exala.
E do desejo que insiste em suprir faltas, e que cada vez mais cava buracos.
Eu espero não mais desejar queimando.
Para que o fogo que cria não seja o mesmo que destrói.
E machuca.
Não mais roube e sim doe.
Espero, mais que isso, o dia que o roubo seja troca.
Que o fogo só sirva para aquecer o que a coberta não mais encobrirá.
Eu espero e desespero.
Você... não tem explicação.
ResponderExcluir