18 de agosto de 2010

O mundo como sala de espera.

Do dia eu só espero a noite.
E da noite, só espero...

Espero meu ato.
E o fato.

Espero você e a vida
Que se confundem num céu de nuvens
Cheias.
Quero a precipitação dos seus atos e as lágrimas da vida.

Espero acordar minhas sonolentas descobertas
Ainda encobertas e em cobertas
Na cama que é leito do choro que meu corpo exala.
E do desejo que insiste em suprir faltas, e que cada vez mais cava buracos.

Eu espero não mais desejar queimando.
Para que o fogo que cria não seja o mesmo que destrói.
E machuca.
Não mais roube e sim doe.

Espero, mais que isso, o dia que o roubo seja troca.
Que o fogo só sirva para aquecer o que a coberta não mais encobrirá.

Eu espero e desespero.

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