12 de março de 2011

Sem amor a língua dos homens e dos anjos nada seria (e nada é).

Quero dizer que vim para não dizer.

Continuar calando o que cala...
O que diz sempre mais.
Não é paixão...
Nem alegria...
Nem satisfação...
E nada de tristeza ou ódio.
Febre ou dor...
Simplesmente o silêncio
Que mais eficaz seria perto dos teus olhos...
Não seria só o silêncio do peito...
Mas o do céu. E das mãos suadas.
Dos carros, e dos passos...
E dos pensamentos rápidos e reflexivos que nunca param....

Vim para dizer o indizível, simular o que não se traduz em letras...
Somente em calor...
Em respiração...
Em olhar.

Tudo acaba, mas parece que esse silêncio demora.
Ele deixa de ser assim que a chuva não mais for gostosa...
Assim que algumas músicas não tocarem mais. A mim.
Somente quando não mais a arte for no meu âmago
E quando a mágoa desmascarar o encanto.

Isso que diz sempre mais e que não precisa de palavra
Amor.
Quero seu esclarecimento então como quero o meu.
Sua paz como quero em minha morada.
O sagrado e o terreno bom...
Quero felicidade pro silêncio soar melhor...
E continuar existindo
sempre o indizível...
calor...
respiração...
Olhar, então?

(É dor que desatina sem doer)

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