23 de outubro de 2011

Por amor, até.

Vezes em que meu coração parece um violão
E algumas vezes ele é tocado por notas agudas demais
Essas que doem.

Vezes que ele mais parece um papel
Em que o lápis passa no topo e vai até até o fim, rasgando
Vezes que ele parece que vai estourar
E jorrar sangue por tudo que me rodeia

Essas vezes, em que meu corpo todo pulsa
E minhas lágrimas desaguam no meu rosto
Vezes em que não são como a calmaria das cachoeiras
Mas como o desespero de um tsunami
Vezes em que minhas mão geladas só me servem para esfriar o rosto quente
E tapar a boca
Ser porta para impedir as palavras doloridas

Essas vezes
Sentimentais e liricas
Mas todas de verdade.
Todas com um real sentimento
De me fazer não existir
Por amor, até.
Pra não sentir dor
Pra sacrificar
Tudo isso que é a vida.

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