10 de junho de 2013

Acontece que em determinada parte do caminho eu me perdi de mim. Não me importa, pensei, que eu cambaleie... Nunca será tão difícil quanto já foi. Mas eu me perdi novamente e novamente está sendo difícil. Os caminhos são outros, as texturas também e os meus pés já estão calejados. Mas a vida é sempre essa sobreposição de adversartivas e eu já quase me deixo levar feito fantoche. Tem hora que dá vontade de não dizer mais nada. De não tentar ser ativa, de simplesmente não reagir. Foi por isso que me perdi. Em algum momento, meus braços se cansaram e as ondas passaram por cima de mim. Estou aqui, no meio desse oceano salgado, cheia de sede, e fome, mas há algo de bom nessa perda toda. Que eu queria me perder de mim um pouco, me jogar nua num mar infinito, e simplesmente sentir... Sentir... Que tanto me dói, por que é que tanto me rói sentir??? Por que é que a liberdade dói tanto, diabos? Mesmo quando ela é uma decisão, a liberdade dói em solidão e aqui dentro me deixa aflita de tanto ir de um lado para o outro. É como se eu gostasse da anestesia, do chão e do não sentir. É um gostar diferente, onde tenho as rédeas do meu Leão... Ali não sinto, não amo, simplesmente ando. Aqui nesse mar, sabe o que acontece? Eu me perco de mim... Já disse??? Me multiplico em várias pelo oceano... A nadar em mim... A saborear os sais... E mais sede... E que solidão aqui no meio do infinito...

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