25 de junho de 2013

O que já vai tarde

Por que diabos amor e flor
Tinham que rimar com dor?

Por que diabos
Eu tenho que vestir
O meu amor
De pudor?

Quando te finjo um desamor
Meu rubor não é febre feliz
De quem pertence a quem quis
É só a minha vontade
Que ama
Feito quem clama
Feito quem ama
Um amor gris

Quanto te finjo um não amor
O tambor do meu peito
Não deixa de gritar
E, quieto, espreito
Olhando o seu jeito
Te vendo passar

Quando eu me calo
Quando não te falo
Lamento que não sejam teus beijos a me calar a boca
Lamento o  medo
Que me invade
A euforia
E sem rodeios
Manda ir embora
Tudo aquilo que me arde



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