Pela janela do carro
Meu peito chora
E meus olhos saltam
Ao ver você passar por cada vulto
Em cada expressão
Mão
Volante
Em direção a.
Quando chove,
Não é só lá fora.Aqui dentro tudo exala
O teu amor úmido que nunca foi.
É sim viver o sentimento que nasceu de você
Regar a flor que você plantou aqui
Apenas.
Ou não.
Não vai ser eu quem vai ter coragem de dar nome a tudo isso.
Que tem som,
Mas não tem cheiro.
Nem textura e cor sim.
Mas início nem fim.
Eu sou um cão covarde.
Uma preguiça.
Perto de você meu peito sorri e não chora.
Sorri bobo e frouxo, febril e nervoso.
Ter medo de ser feliz me faz
Cada vez mais
Viver em pensamento.
Em fantasia. E com alguém que não existe.
Cenas atrás de cena
Um rolo de filme
Dentro de mim
A melancolia que me proporciona
Melhor assim.
Um cão covarde
ResponderExcluirQue talvez não queira sentir tudo o que sente
Talvez não queira querer tudo que quer
Sem dono,
Abandonado...