11 de fevereiro de 2011

Meu coração como solo fértil para flores não plantadas por mim.

Pela janela do carro
Meu peito chora
E meus olhos saltam
Ao ver você passar por cada vulto
Em cada expressão
Mão
Volante
Em direção a.

Quando chove,

Não é só lá fora.
Aqui dentro tudo exala
O teu amor úmido que nunca foi.

É sim viver o sentimento que nasceu de você
Regar a flor que você plantou aqui
Apenas.
Ou não.

Não vai ser eu quem vai ter coragem de dar nome a tudo isso.
Que tem som,
Mas não tem cheiro.
Nem textura e cor sim.
Mas início nem fim.

Eu sou um cão covarde.
Uma preguiça.
Perto de você meu peito sorri e não chora.
Sorri bobo e frouxo, febril e nervoso.
Ter medo de ser feliz me faz
Cada vez mais
Viver em pensamento.
Em fantasia. E com alguém que não existe.

Cenas atrás de cena
Um rolo de filme
Dentro de mim
A melancolia que me proporciona

Melhor assim.


Um comentário:

  1. Um cão covarde
    Que talvez não queira sentir tudo o que sente
    Talvez não queira querer tudo que quer
    Sem dono,
    Abandonado...

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