28 de setembro de 2011

Mambembe dos espaços ocultos

Pensando no ser como país
E no outro como estrangeiro

O ser que visita o ser
No teu corpo terá penetrado?

Para ser, define-se o corpo
Ou também a alma não afirma aqui a nossa existência?

A visita que não é conhecida pelo visitado
Invasão então é
E assim clandestinos em corpos e não corpos somos nós?

E isso de ser, como é que se explica?
E quando não se sente fora de outro ser?

Tem gente mambembe -
Sem casa num lugar só

Esses têm casa em corpos
Invadem todos eles

E:
A língua desses tais territórios outros
Não seria prazeroso meio de se entranhar nesses corpos-habitats?
A língua
O meio
O código
De entrada


                                   Um ser
de cá
E outro
                                                        de lá.

Ah, que viagem boa, essa
E que maravilha o esbarrar dos seres
Pelos espaços ocultos
Que circundam a matéria...

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