22 de setembro de 2011

Se deitou com a barriga pra cima.
Respirou fundo
E escolheu qual das ilusões ela agora iria viver.

Qual nostalgia escolher para tocar?
Que cheiro sentir para lembrar?

Vejo o passado que passou por mim
Se esfregou em minha cara e foi embora
Ou vejo o futuro que não me aguarda?

Qual dos espinhos vou tentar tirar do lugar
E de qual dos machucados vou arrancar a casca?
Qual é a fissura que passa por cima da razão e me faz levar a mente
Ao futuro que não me aguarda?
Ao passado que se esfregou e não mais.
?

O aqui dentro parece mais um amontoado de cenários
Um acervo de figurinos
Uma biblioteca antiga

Lugares escuros e barulhentos
Vãos
Roupas sujas de sangue
E outras com substância de prazer passado.

É por ali que ela passa.
Toda noite.
Quando os olhos fecha.
Na intenção de tê-los abertos.
Olhando para.



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