18 de janeiro de 2010

Eloquência

Ela me é tão estranha
A conheço tão bem ao ponto de não saber nada sobre ela
Surpreende tanto, espanta.
Dona de olhos tão doces mas que em segundos conseguem transformar-se em puro veneno
Enfeitiça de desejo, seu mistério é sua maldição
Fico tentando buscar o sentido em sua face, mas tudo que ela está a fazer é brincar comigo
Ela é puro feromônio, do mais bruto, do mais quente, do mais carnal
Seu desejo não se resume a ir direto ao ponto
Seu desejo é o de me entorpecer da cabeça aos pés
Aos poucos, ela se transforma no vício de qualquer um, sendo a substância que instiga os sentidos, a substância que inibe a consciência.
Aos poucos, ela me devora. Tem o meu corpo, o meu rosto, a minha alma. Afinal, quem é essa mulher que usa o meu corpo e a minha voz?
Quem é essa mulher que anda satisfazendo meus maiores delírios?
Ela agora faz parte de mim.
Aquele perfume que me apimenta, que me desconcentra, parece agora ser somente essência.
Ela me foge aos olhos... Mas ainda assim, consigo sentir sua presença.



Por Bárbara Gontijo e Cinthya Sodré(www.correoquecustar.blogspot.com)!

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