14 de novembro de 2010

Porque há o direito ao grito.

Uma madrugada típica
Sem café.
Só linha, só quadrado. Nada fluído.

A solidão: tevê. luz do banheiro acesa. gosto amargo na boca. dor nas costas.

Quero quebrar esse silêncio
Pra que dizer não a coragem se não tenho o que e a quem temer?

O passado já revi.
A mim já perdoei.

Agora eu sigo,
o mundo não pára de girar quando eu choro.

Vou buscar minha felicidade.
Vou sim abrir o peito.
Vou sim gritar meu mundo, vou sim defender meu pensamento.

Sou tão filha do Pai quanto minha mãe e meu pai.
Quanto o meu irmão.
Me sinto tão próxima dele como o mendigo na rua
e como a presidente do Brasil.

Ainda sei rezar, sentir paz, esperança e fé.
Ainda sei fazer caridade, sorrir e dançar.

E cada dia mais isso me é comprovado.

Eu tenho refúgio: aqui.

Porque a minha glória pode ser o teu fracasso.
e a sua glória
a minha fraqueza.

Eu tenho os meus limites.
E o meu além.

Eu confio por isso grito.
Agora eu vou falar.

Basta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário