27 de julho de 2013

Vou começar a te dizer mais uma vez. Que é isso que sei fazer. Vou me colocar em palavras dessas que sempre uso, te enfiar em algumas linhas, já que não posso te beijar de palavras as linhas do corpo. Eu queria saber porque é que insisto - em te querer e em te esquecer. É isso, insisto em ideias contrárias e acabo por não entender mais nada. E a saudade é isso mesmo - um não saber se o que se foi volta, ou pode-se chamar de esperança tola o que sinto quando espero um sinal seu. Preciso saber, de uma vez por todas, com qual insistência fico. E estou colocando a decisão nas tuas mãos, burro que sou. Você é o silêncio das minhas horas e só. Resolveu se calar e deve ser porque me viu te olhar muito fundo. Não consigo te olhar raso. Ontem, enquanto eu beijava não sei quem, pensei em você, lá no fundo. Também te penso fundo, e bem firme, nem sei se você sente. Isso me atormenta - não saber nada. O nada sabe mais sobre mim do que eu mesmo. É por isso que te escrevo sem parar, pra ver se entendo um pouco do que nunca vai se explicar. Eu te agradeceria, se pudesse, gosto do que suas palavras escrevem, é até bonito o que resulta dessa loucura toda. Mas ficaria meio piegas eu te falar de inspiração enquanto você nem consegue me olhar. Será que eu estou ficando louco ou aquele dia você me olhou diferente depois de me abraçar? Um dia eu te disse que você me sonha dentro e você riu, disse que tinha sonhado comigo, mas não lembrava o que. Você me sonha dentro o que for, simplesmente me sonha. O meu fraco é gostar de sonhar. É gostar de te amar, mesmo sem poder falar. Eu gostaria ainda mais se te pudesse viver um pouco. Se te pudesse acompanhar as horas, ver o tempo desfilar. Sabe, nessa vontade de te beijar eu descobri que a vida é o beijo do mundo, e que maluquice, o que eu faço tentando me convencer que não devo cortejar a vida pra beijar o mundo, o que faço eu tentando te esquecer, que insistência tola essa de te querer.

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