28 de dezembro de 2013

04 de dezembro de 2013

Eu não entendo a vida. Pensei muito sobre isso durante o decorrer dos meus dias. Estive vivo e sempre soube que não entendia nada sobre isso. Nunca quis saber muito, quem é que quer? É coisa de doido querer saber porque estamos e sabermos por que estamos. É coisa de tolos querer ir além do que a ciência explica. É um buraco sem fundo. Que impulso é esse a que chamamos vida, e o que é morte, hoje eu estava observando o pombo que me acordou e estava na janela. Seus olhos parecem colocados. O pombo parece um brinquedo. Mas me disseram que dentro dele mora o impulso da vida. Até que se vire o seu pescoço, aí será só matéria, matéria inerte, eu acho mórbido, mas imagina, o que me diferenciará do pombo quando nós dois formos matéria inerte... Por que penso nisso? Por que acho que o pombo não pensa nisso? Porque ele não é tolo, é claro, ele pensa que se vivo está, assim deve se manter, e come, e procria, e se defende. Nós somos todos tolos, humanos amadores em viver. Quanto tempo será que perdi...

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