2 de dezembro de 2013

Sabe, que às vezes fico pensando onde é que você está não lembrando de mim. O que é que anda fazendo, que nem passo pela sua cabeça - você não me esquece, eu nunca fui uma lembrança, fui no máximo alguém que existe, e você lembraria de mim se me visse em alguma esquina sem querer. Oi, como vai, um beijo, pra mim seria o destino que me levou a você e pra você seria somente um acaso, um descaso, um minuto a mais pra conta chegar, e acabou que nos esbarramos por aí.

Há alguns meses eu me esbarrei em você, e também me pergunto que tipo de descaso do tempo fez com que meus olhos enxergassem os seus. Porque, com toda a certeza do mundo, meus olhos devem ter te visto por muitas e muitas vezes - o mundo é tão gigante e pequeno ao mesmo tempo -, mas nunca enxerguei sua existência assim tão de perto quanto naquele dia que te conheci. Nunca soube que existia alguém no mundo assim, justinho você. Me seguro tanto pra não ficar piegas, e eu acho engraçado enquanto escrevo, porque vou me lembrando de cada detalhe e você nem mesmo me pensa, nem mesmo me esquece em algum bar da cidade.

Descobri que o segredo pra muita coisa está no motivo. Se quero andar, me pergunto por que, e a resposta será a justificativa mais plausível para que eu consiga andar. Há que se ter motivos na vida, pra que quer enxergar? E eu diria, pra ver, pra olhar, pra entender. Pra que te conhecer? Eu diria, pra amar, e foi por aí que tudo me bastou, foi por aí que eu pensei

- que nem mesmo me esqueça
mas que eu possa,
ao menos,
me lembrar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário